A empresa intermunicipal Águas do Ribatejo (AR) voltou atrás na decisão de albergar a totalidade dos serviços de limpeza de fossas que estava na alçada das juntas de freguesia. Face ao clima de contestação da medida em alguns locais, sobretudo no concelho de Salvaterra de Magos, o conselho de administração da empresa decidiu recuar. Numa primeira fase, a Águas do Ribatejo socorreu-se da lei emanada pela ERSAR para de certa forma cortar aquele serviço às juntas, mas Francisco Oliveira, presidente do conselho de administração da AR, ao Valor Local, refere que como o plano de infraestruturação dos sistemas ainda não está concluído, e como em algumas zonas, o despejo de fossas é feito várias vezes por mês, tal poderia onerar ainda mais os utilizadores, dado que os preços para aquele serviço são mais caros na Águas do Ribatejo.
“Decidiu-se suspender até que esteja completo o plano de investimentos da Águas do Ribatejo, e fazer-se o estudo da abrangência desta medida e número de fossas incluídas. Avaliar de que forma a Águas do Ribatejo pode suportar esse encargo”, refere Francisco Oliveira. “Tratou-se de fazer sobressair o princípio da solidariedade”, enfatiza.
O responsável recusa em falar numa fuga à implementação de medidas que possam causar celeuma junto da população, e refere novamente a necessidade de se estudar a matéria, “até porque há fossas com um nível de precariedade muito grande, ou terrenos onde o nível freático é elevado, o que implica um maior número de limpezas mensais”, e isto “não era do conhecimento da Águas do Ribatejo, porque o normal é que uma fossa seja limpa duas a três vezes por ano”. E neste caso Salvaterra de Magos, a par de Alpiarça, é dos concelhos onde o saneamento básico sofre alguns atrasos, com 1500 fossas a funcionar ainda naquele concelho. O presidente da AR refere ainda que as fossas de caráter mais rudimentar não colocam em causa as normas ambientais.
No entanto, Francisco Oliveira dá a entender que a AR não poderá no futuro continuar a subsidiar a limpeza das fossas, sob pena dos investimentos necessários na atual rede de esgotos e coletores ficarem pelo caminho. “Vamos reduzindo o número de fossas sépticas”. Contudo pela frente, esta empresa à semelhança de outras no setor, tem assistido à relutância e até oposição de quem já tem os esgotos à porta não querer optar por fazer as ligações. “Como não têm problemas nas fossas e sistemas de drenagem, não tomam as medidas para se ligarem aos coletores. E ao não se ligarem podem pôr em causa o tratamento do efluente. A ETAR ao ser construída foi concebida para tratar um determinado nível efluentes, ao não o conseguir fazer, o sucesso de toda a operação pode estar em causa”. Por isso constata – “É essencial que as pessoas se mentalizem para esta circunstância, até porque durante os dois meses de carência ao pedirem as ligações, os utilizadores não pagam o ramal. Ao não se ligarem, os equipamentos podem não fazer o trabalho nas melhores condições”.
Sílvia Agostinho
28-03-2015
“Decidiu-se suspender até que esteja completo o plano de investimentos da Águas do Ribatejo, e fazer-se o estudo da abrangência desta medida e número de fossas incluídas. Avaliar de que forma a Águas do Ribatejo pode suportar esse encargo”, refere Francisco Oliveira. “Tratou-se de fazer sobressair o princípio da solidariedade”, enfatiza.
O responsável recusa em falar numa fuga à implementação de medidas que possam causar celeuma junto da população, e refere novamente a necessidade de se estudar a matéria, “até porque há fossas com um nível de precariedade muito grande, ou terrenos onde o nível freático é elevado, o que implica um maior número de limpezas mensais”, e isto “não era do conhecimento da Águas do Ribatejo, porque o normal é que uma fossa seja limpa duas a três vezes por ano”. E neste caso Salvaterra de Magos, a par de Alpiarça, é dos concelhos onde o saneamento básico sofre alguns atrasos, com 1500 fossas a funcionar ainda naquele concelho. O presidente da AR refere ainda que as fossas de caráter mais rudimentar não colocam em causa as normas ambientais.
No entanto, Francisco Oliveira dá a entender que a AR não poderá no futuro continuar a subsidiar a limpeza das fossas, sob pena dos investimentos necessários na atual rede de esgotos e coletores ficarem pelo caminho. “Vamos reduzindo o número de fossas sépticas”. Contudo pela frente, esta empresa à semelhança de outras no setor, tem assistido à relutância e até oposição de quem já tem os esgotos à porta não querer optar por fazer as ligações. “Como não têm problemas nas fossas e sistemas de drenagem, não tomam as medidas para se ligarem aos coletores. E ao não se ligarem podem pôr em causa o tratamento do efluente. A ETAR ao ser construída foi concebida para tratar um determinado nível efluentes, ao não o conseguir fazer, o sucesso de toda a operação pode estar em causa”. Por isso constata – “É essencial que as pessoas se mentalizem para esta circunstância, até porque durante os dois meses de carência ao pedirem as ligações, os utilizadores não pagam o ramal. Ao não se ligarem, os equipamentos podem não fazer o trabalho nas melhores condições”.
Sílvia Agostinho
28-03-2015
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