Ainda não é conhecida a causa da legionella nas piscinas de AzambujaProsseguem ações de tratamento químico e térmico
SA
11-10-2018 às 12:52 Prosseguem esta quinta-feira as ações de tratamento químico e térmico no complexo municipal de piscinas de Azambuja tendo em conta a deteção da bactéria em alguns chuveiros dos balneários. O presidente da Câmara, Luís de Sousa, ao Valor Local, refere que os trabalhos continuam por parte de uma empresa contratada. Sendo certo que este tipo de fenómeno poder ser detetado em ambientes como o que está em causa, o motivo ainda não é conhecido, tanto mais que se trata de um equipamento praticamente novo. "Foi-me dito que não era de estranhar o aparecimento da bactéria neste tipo de equipamentos como o nosso reinaugurado no ano passado, mas que possui estruturas que já existiam, e mesmo após a grande ação de limpeza que teve lugar este verão".
O autarca aguarda contudo mais informação por parte dos técnicos. Luís de Sousa refere ainda que não tem conhecimento de casos de contágio pela doença no concelho, contudo "já transmitimos aos encarregados de educação das crianças que frequentam as piscinas informação sobre os sintomas associados à legionella". O município está ainda em articulação permanente com o delegado de saúde. Não há previsão até ao momento quanto à reabertura do complexo, sendo que no próximo mês a mensalidade não será cobrada aos utentes da piscina que já pagaram este mês. Em nota de imprensa do município, este recomenda aos utilizadores das piscinas que tenham frequentado as instalações nos últimos 15 dias que permaneçam atentos a eventuais sintomas semelhantes aos da gripe, como dores de cabeça, febre, tosse seca, falta de ar, arrepios ou diarreia. Nesse caso, deverão recorrer aos serviços de saúde. De referir que, a legionella é um microrganismo presente por natureza em todo o meio aquático. Luís de Sousa diz ainda que descartada está a possibilidade de a bactéria estar relacionada com o sistema de abastecimento público de água, a cargo no concelho, pela Águas da Azambuja, conforme também já lhe foi dito pelos especialistas, . Por outro lado, quando a bactéria é detetada em meio aquoso como foi o caso "não é tão perigosa como a que se respira através de vapores", de que foi exemplo o caso de Vila Franca de Xira em 2014. O município diz em comunicado que possui um manual de procedimentos, de acordo com as recomendações do Serviço Nacional de Saúde, que "é integralmente cumprido". No que se refere ao controlo da bactéria legionella, têm sido seguidas as indicações que constam do documento “Prevenção da doença dos Legionários em balneários – manual de boas práticas” (ver abaixo). Acrescenta a autarquia que "a última intervenção, com este caráter preventivo, teve lugar na pausa do recente mês de agosto, tendo sido efetuada em todas as instalações do complexo de piscinas, nomeadamente, a desinfeção dos crivos das torneiras e das cabeças dos chuveiros, bem como a desinfeção das águas quentes sanitárias através de choque térmico em que a temperatura da água é aumentada até aos 80º fazendo-a circular por todo o sistema de canalizações durante três horas." O município de Azambuja adianta ainda que continua a realizar análises diárias de autocontrolo e análises fisicoquímicas e microbiológicas, realizadas por entidades externas certificadas, a saber, o Laboratório dos Serviços Intermunicipalizados de Águas e Resíduos dos Municípios de Loures e Odivelas, o Laboratório da empresa SIQ-Sociedade de Indústrias Químicas, Lda., o Departamento de Saúde Ambiental do Serviço Nacional de Saúde, e, ainda, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. "Esses resultados são do conhecimento público, encontrando-se afixados na receção do complexo".
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