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Alambi preocupada com o estado das pedreiras de Alenquer

A tragédia de Borba fez soar as campainhas um pouco por todo o país e em Alenquer pede-se maior fiscalização do Estado
Sílvia Agostinho
07-12-2018 às 15:57
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A tragédia de Borba fez soar as campainhas um pouco por todo o país quanto aos perigos da atividade desempenhada pelas indústrias extrativas. No concelho de Alenquer, onde a exploração de britas é uma realidade presente, a Associação para o Estudo e Defesa do Ambiente do Concelho de Alenquer (ALAMBI) envia um comunicado às redações, no qual deixa diversos alertas.
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No concelho de Alenquer não há estradas nacionais ou municipais que atravessem as pedreiras, mas com exceção deste facto, a situação no domínio da segurança, "não é substancialmente diferente da que se verifica noutras pedreiras do país", refere a associação, descrevedo - "Tal como em Borba, o lema tem sido o de maximizar as extrações; os socalcos no interior das pedreiras têm sido encarados quase exclusivamente como plataformas de circulação que podem ser desmontadas quando já não são necessárias; e, tal como em Borba, têm sido criadas grandes paredes verticais, com dezenas de metros de altura, que é duvidoso que estejam previstas nos planos de lavra". Estes planos prevêm que os desmontes sejam realizados em socalcos de 10 metros de altura por 10 metros de largura, para que seja assegurado o tráfego de veículos nas frentes de trabalho em condições de segurança, mas também para garantir a estabilidade dos taludes, após os desmontes

Por isso, o risco de derrocadas "não pode de modo nenhum ser excluído", e em Alenquer existe até um fator agravante: "é que enquanto nas pedreiras de mármore os desmontes são feitos através de aparelhos de corte, nas pedreiras de brita, os desmontes são feitos com o recurso a explosivos, o que constitui um fator que provoca muito maior instabilidade nos taludes". O risco, esse ocorre sobretudo para os trabalhadores das pedreiras, que é quem está no seu interior e circula nas vias que as atravess

Numa das últimas reuniões de Câmara Isabel Graça, vereadora da CDU também dirigente da ALAMBI, alertou para a situação em que se encontram as pedreiras no concelho.
A autarca falou de um cenário em que a fiscalização por parte do Estado não se tem feito cumprir com “crateras abertas e sem se ter em conta os devidos planos de recuperação”, e incitou a Câmara a fazer pressão junto do ministério da Economia no sentido de serem apresentados relatórios com mais regularidade.

Em declarações ao Valor Local, o presidente da Câmara, Pedro Folgado, diz já estar em conversações com os industrais da área, tendo em conta a necessidade de maior monitorização daquela atividade. Existe uma via que merecerá maior atenção , de modo a se anteciparem os problemas, contudo assegura que não há sinalização de maiores perigos. O autarca entende que há que insistir com a Administração Central, nomeadamente, a Direção Geral de Geologia, que "nem sempre cumpre o seu papel neste tipo de atividades". 
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A ALAMBI prossegue: "os industriais dão-se ao luxo de pôr na gaveta os Planos de Recuperação Paisagística e Estudos de Impacte Ambiental, e de incumprir com a recuperação das áreas exploradas, certos de que o fazem em completa impunidade".

Para cúmulo, recentemente foi anunciada uma verba superior a cem milhões de Euros, a incluir no próximo Quando Comunitário de Apoio, para "a recuperação paisagística de pedreiras", o que constitui "um prémio oferecido a quem não cumpre, e a garantia de que neste setor o crime compensa". "Os empresários arrecadaram as verbas que deviam ter gasto na recuperação das pedreiras, e agora a Europa vai pagar-lhes aquilo que eles mesmos deveriam ter pago", conclui a asociação. 





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