Alenquer: Romeira entra em obras
Incidem sobretudo na reabilitação da estrutura do telhado e recuperação da fachada
|10 Mar 2021 11:16
Tiveram início os trabalhos de requalificação do Fórum Romeira que incidem sobretudo na reabilitação da estrutura do telhado e recuperação da fachada. No telhado vão ser substituídas as asnas e madres de madeira e outras peças estruturais que se encontram em mau estado conservação, assim como telhas e elementos metálicos que suportam a estrutura.
Será também reforçado o isolamento do telhado com placas de EPS (esferovite), placas de madeira OSB e subtelhas. Nas fachadas, será feita a substituição dos vãos, recuperação ou substituição das cantarias, reparação de fissuras e renovação da pintura. Em visita às obras, o presidente da autarquia de Alenquer, Pedro Folgado, explicou
que as últimas obras de conservação do edifício ocorreram há mais de duas décadas e estavam há muito diagnosticadas, mas foram sendo adiadas por se tratar de uma estrutura indispensável à realização de eventos como a Feira da Ascensão, a Alma do Vinho ou o parque temático de Natal”. Pedro Folgado esclareceu, contudo, que nunca esteve em causa a integridade do edifício ou a segurança dos visitantes, tratando-se sobretudo de questões relacionadas com infiltrações e danos naturais nas fachadas, resultante da exposição aos elementos. “Ao longo dos anos o edifício foi alvo de vistorias regulares por parte dos técnicos e precisamente por não se tratarem de obras urgentes, foram sendo sucessivamente adiadas”, explicou. “O cancelamento das atividades agendadas para o Fórum Romeira no âmbito da pandemia, vieram proporcionar a oportunidade de realizar as referidas obras, um investimento de aproximadamente 500 mil euros por parte da autarquia e com um prazo de execução de cinco meses, esperando que em breve as atividades possam regressar àquele espaço”, concluiu o presidente. História do Edifício A história da Fábrica Nova da Romeira tem início em 1868 quando Francisco José Lopes compra a José da Costa uma azenha denominada “Romeira”. Em 1870 é iniciada a construção da fábrica de fiação e tecidos, segundo um projeto do engenheiro Philippe Linder. A obra é inaugurada dois anos depois, seguindo-se de imediato uma fase de aquisição de terrenos e ampliação das instalações convertendo-se, num curto espaço de tempo, num dos epicentros económicos da região (a par da fábrica da Chemina), ao empregar, no início dos anos 90 do século XIX, perto de três centenas de pessoas. Em 1915, contudo, já só trabalham na fábrica 140 operários e após um período de declínio, encerra definitivamente portas na década de 60 do século XX. Desde a sua aquisição pelo município de Alenquer em meados dos anos de 1980 e posterior reconversão em pólo cultural, que a Romeira se foi tornando parte da memória afetiva dos alenquerenses, devido diversos eventos que tem recebido ao longo das últimas décadas. A Feira da Ascensão de Alenquer, a Feira Infantil, a Feira do Vinho e do Cavalo, os Festivais de Folclore, os concertos de Gala da SUMA, a Bienal de Pintura, a Semana da Juventude, as passagens de modelos, os concursos de bandas, a Alma do Vinho ou o Parque Temático de Natal são apenas alguns exemplos dos muitos eventos já realizados e que atraíram milhares de visitantes de todas as idades às galerias da Romeira. Em 1996 a antiga fábrica é classificada “Imóvel de Interesse Público”, incluindo o edifício principal, casa dos maquinistas hidráulicos, oficinas, casa de máquinas de vapor, armazéns, edifício de estamparia, palacete residencial, conjunto habitacional dos técnicos superiores, escadaria monumental, chaminé, tanque de água, mãe de água, casa do motor e casa do guarda - anexos. |
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