Amaral ameaça processar detratores: "Fui vítima de terrorismo político"
Vereador da Cultura na Câmara de Azambuja indignado com recentes acontecimentos
Sílvia Agostinho
02-08-2016 às 23:51 O vereador da Cultura no município de Azambuja, António Amaral, leu, esta terça-feira, na reunião do executivo, uma exposição referente a notícias que circularam nos últimos dias nas redes sociais. O vereador tem sido acusado de ter delapidado os cofres da junta de Azambuja, quando terminou o seu mandato em 2013 à frente daquele órgão autárquico, deixando a atual presidente da junta em apuros. Foi público que Inês Louro no início do mandato alegou dificuldades financeiras. Amaral tem sido acusado de esbanjamento.
Tendo em conta a acusação de que terá gasto em poucos dias 74 mil euros entre o fim do mandato e a tomada de posse de Inês Louro, Amaral sustentou - "Será crime não deixar dívidas, obra, deixar dinheiro e património?". "A seriedade e a honestidade foram os princípios que me nortearam"; referiu no comunicado que leu. O autarca falou ainda do que considerou terem sido os esforços que efetuou para não deixar dívidas, mas obra: "Nos últimos dois meses enquanto presidente da junta, repito, dois meses e não dias, foram gastos no final do mês de setembro 32 mil 665 euros em despesas correntes da normal gestão da junta, assim como em algumas obras, Em outubro, foram gastos 43 mil 962 euros em investimentos tais como a remodelação total da sede da junta, e aquisição de equipamento informático, conclusão das obras do pavilhão ao lado da GNR, passeio e almoço seniores, festa da padroeira, pagamento de mobiliário à Cerci, assim como, outros apoios a outras coletividades" no sentido "de melhor servir os interesses dos fregueses de Azambuja". Sendo que a despesa média mensal da junta de freguesia "era de cerca de 30 mil euros" acrescentou."Todos podem analisar as despesas porque segundo a senhora presidente da junta foram dadas às forças políticas representadas na junta e assembleia de freguesia cópia de todas as receitas e despesas do meu último trimestre à frente da junta, agradeço que comuniquem alguma falha ou ilegalidade ao Ministério Público", concluiu. António Amaral não hesitou em referir que declarações públicas da presidente da junta, bem como de outros intervenientes, estão a ser analisadas pelos seus dois advogados e que atuará em conformidade, "se necessário judicialmente" pode ler-se no comunicado do vereador. Neste lote estará também integrado um cidadão de Azambuja que nas redes sociais escreveu - "Toda a gente sabe que o vereador Amaral vai à Kikas (casa de alterne) com o carro da Câmara". A este respeito, e tendo presente na sala de sessões a sua família, Amaral, referiu que "não é verdade que tenha usado a viatura da Câmara de forma ilícita muito menos para o local referido", rejeitando por conseguinte qualquer crime de peculato. Recuando na sua declaração e tendo em conta ainda palavras de Inês Louro lembrou que a mesma estava à frente da assembleia de freguesia, no mandato 2009-2013, "onde todos os partidos estão representados e sempre votou favoravelmente os orçamentos, assim como, os planos de atividade e o relatório de contas, (...) sempre aprovadas pelo Tribunal de Contas". António Amaral referiu ainda que sempre que solicitado prestou apoio à sua sucessora, que "após a tomada de posse recebeu em dois meses 52 mil euros". Sendo que "atualmente a junta tem a render numa conta a prazo no banco 25 mil euros". "Deixei tudo de forma a que ela só tinha de meter a primeira, arrancar e trabalhar". O vereador concluiu a sua intervenção dizendo: "No que diz respeito ao perfeito atentado de terrorismo político e psicológico que foi desencadeado contra a minha pessoa e família nas redes sociais, sabe-se muito bem quem foi o autor, assim como, as diferentes pessoas que incorretamente fizeram comentários caluniosos acerca de mim. As provas estão recolhidas". "Nos locais próprios este assunto será tratado e irei até às últimas consequências para quem fez esta intentona difamatória seja devidamente sancionado". Depois da intervenção de Amaral este recebeu a solidariedade dos seus colegas do exexutivo PS. A Coligação leu um comunicado a referir que não teve nada a ver com o burburinho causado nas redes sociais. (Notícia em desenvolvimento)
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