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América de Trump: Azambujense conta como está a ser a adaptação

A dividir residência entre Houston, Texas, Union, e New Jersey, Renato Pinto já passou por várias presidências
Miguel A. Rodrigues
03-03-2017 às 11:26
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Renato Pinto no casino de Trump
As posições tomadas pelo novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump continuam na ordem do dia. O novo presidente tem manifestado algumas atitudes que vão ao encontro do que sempre defendeu em campanha, contudo muitos dos seus eleitores tinham a esperança de que se revelasse, agora, mais moderado. Ora os Estados Unidos são de facto um país onde várias comunidades do mundo se encontram. Uns por trabalho, outros por apenas turismo ou lazer, mas o que é facto é que não ser americano, nos dias de hoje, e neste novo consulado da era Trump pode trazer algumas dificuldades na integração.

Não é o que acontece para já com a comunidade portuguesa que ao longo dos anos tem emigrado para aquele país em busca de novas oportunidades. Renato Pinto é um desses emigrantes que rumou aos Estados Unidos em 2005. Natural de Azambuja onde ainda tem muitos familiares, vem a Portugal sempre que pode, e vai matando saudades, por exemplo da Feira de Maio através das transmissões do Valor Local.

A dividir residência entre Houston, Texas, Union, e New Jersey, Renato Pinto já passou por várias presidências. Bush, Obama e agora Trump têm marcado a história do país que é conhecido como a “Terra das Oportunidades”.

Renato Pinto chegou aos Estados Unidos ainda no pico dos acontecimentos do "11 de Setembro". “Era visível e sentia-se não só no medo constante do dia-a-dia, mas também em situações tão banais ao entrarmos num avião ou no comboio”, e recorda que as “pessoas choravam ao falar do 11 de Setembro”. “Ainda hoje existe uma marca emocional importante” que é reforçada em cada visita ao memorial que marca o local onde estavam as Torres Gémeas.

Renato Pinto refere mesmo que se “Portugal tem Fátima, os americanos têm Nova Iorque e o monumento às Vítimas do 11 de Setembro”, pois “só quem visita, percebe a escala, a dimensão, o tamanho do terror que foi infligido a esta cidade”.

Para Renato Pinto que é consultor numa companhia aérea americana, a comunidade portuguesa não se sente afetada pela administração de Trump, e reforça que a vitória deste último acabou por ser “um mal menor”. “Na minha opinião muito pessoal penso que ambos os candidatos eram maus”.
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Todavia, e embora não se notem diferenças de tratamento entre a comunidade portuguesa, Renato Pinto salienta que o mesmo não acontece noutras comunidades, nomeadamente, na muçulmana. Diversos grupos migrantes começaram a ficar conotados com vários atos de terrorismo, nomeadamente o "11 de Setembro" e os atentados de Boston, que “marcaram emocionalmente a sociedade americana”.

Como português, Renato diz não ter sentido impacto na sua vida das medidas levadas a cabo pelo novo presidente. Para o emigrante estas “são medidas mediáticas com objetivos muito específicos que não foram pensadas para a generalidade da sociedade americana” e acrescenta que serão precisas “mais umas semanas para se perceber para onde caminham as políticas que têm impacto no dia-a-dia de todos nós”.

Há de resto diferenças entre a eleição de Obama e a de Trump. Para Renato Pinto “o presidente Obama foi eleito com um capital de confiança popular muito alto e com um país a entrar numa recessão escondida”. No fim dos seus dois mandatos, “Obama deixou um legado ao nível politico e social inegável”.  “ O Obama Care é um exemplo disso, mas mais podíamos mencionar outras medidas” refere.

Todavia o novo presidente foi eleito e constitui algum nível de preocupação. Nomeadamente no que toca ao “ aumento do racismo e xenofobia”. Quando se pensava que um presidente afroamericano pudesse despoletar um aumento dos problemas raciais isso não se verificou “e muito se deveu ao casal Obama que do ponto de vista social foi muito humilde; muito terra a terra e sem problemas no contacto com a população”. Por isso acrescenta: “ Julgo que com a saída de Obama aí sim as preocupações aumentarão até pela forma como Trump aborda estas questões”.

É em Houston onde residem mais portugueses, mas, refere, Renato Pinto que pouco se fala de política americana. Para o português o interesse da comunidade vai para o que se passa em Portugal “pois quando estamos longe temos tendência a olhar para o nosso país de forma diferente, damos-lhe mais valor”; e por isso “ Donald Trump e o seu desmesurado protagonismo veio mudar um pouco o teor das conversas entre os portugueses, para além do Benfica, do Ronaldo, do Jesus, do Vitória, do Bruno Carvalho, do Sócrates ou do António Costa”. Em termos de mediatismo Donald Trump faz concorrência direta ao nosso Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, com a diferença de este último estar no “topo das  preferências da comunidade”. Ainda assim argumenta que “o desporto continua a ser rei e o Benfica o número um”.


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