Ana Rita solidifica carreira em Espanha
A cavaleira gostaria de tourear em Azambuja, mas reforça que tal não depende apenas de si
Nuno Filipe
23-10-2015 às 22:54 ![]() Desde tenra idade que a jovem Ana Rita, natural de Aveiras de Cima, tinha um sonho. Queria ser cavaleira tauromáquica. E apesar de como ela nos conta, desde sempre ter tido o seu “cavalinho em casa”, não havia na família qualquer tradição tauromáquica que fosse além da afición. Mas ao assistir às corridas imaginava-se na arena, queria pertencer àquele mundo, sonhava fazer dos toiros a sua vida, e esse sonho tornou-se realidade há quatro anos, quando a 5 de agosto de 2011 numa corrida TV realizada no Redondo, recebeu a alternativa das mãos de uma das principais figuras do toureio azambujense, Manuel Jorge de Oliveira.
Passados quatro anos, Ana Rita tem construído a sua carreira essencialmente no país vizinho, porque gosta muito de tourear em Espanha, “onde o público é conhecedor e acarinha o artista, pois está consciente das dificuldades da função de toureio e sabe ver o seu valor”, sobretudo sendo ela uma mulher num mundo maioritariamente masculino. Outro fator que a faz andar mais por Espanha, prende-se com a falta de oportunidades em Portugal. Segundo Ana Rita, o mercado em Portugal possui algumas regras próprias a nível dos bastidores, em que os apoderados e empresários de vários cavaleiros os vão trocando entre si para os diversos espetáculos, fazendo com que seja complicada a entrada de alguém que esteja fora desse circuito. No entanto, para 2016, a cavaleira está a tentar planear uma temporada em Portugal, encontrando-se, neste momento, a tentar criar condições para que isso aconteça. Símbolo da tourada à portuguesa, o cavalo de toureio tem de ser bastante trabalhado. Assim, quando não anda a tourear, Ana Rita passa os seus dias na Quinta do Açude, no Cartaxo. É na propriedade de Manuel Jorge de Oliveira, (aquele que a jovem considera o pilar da sua arte e o seu grande apoio no meio taurino, pois desde sempre foi o seu mestre), que trabalha os seus cavalos. Longe vão os tempos em que apenas tinha um cavalo, ou toureava com os cavalos emprestados pelo mestre Manuel. Neste momento tem dez, mas diz que para um cavaleiro existe sempre um cavalo especial, o cavalo ao qual se recorre em situações de maior aperto. Quando o toiro é difícil e a lide encerra algumas dificuldades, sai o cavalo de confiança, que lhe ocupa os dias de manhã à noite. A cavaleira explica que o trabalho com um cavalo não é linear e que se uns por exemplo podem ser mais maleáveis e atingirem facilmente aquilo que o equitador pretende, outro são mais difíceis, tendo de se perder mais tempo com os mesmos. A vida de um cavaleiro tauromáquico não é apenas aquele glamour de vestir a casaca e ter os 15 minutos de lide, pois por trás existe o trabalho de muitas horas diárias Estando na presença de uma cavaleira do concelho de Azambuja, a Feira de Maio, não poderia deixar de vir à baila. Ana Rita confessa que participar na corrida de domingo seria algo que muito a honraria, afinal, considera Azambuja como se fosse a sua terra, sentindo-se tratada sempre com muito carinho sempre que visita a vila. No entanto, afirma que não depende apenas dela fazer com que isso aconteça.
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