Antigas instalações do IVV ao abandono

Na foto instalações de Aveiras de Cima
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As instalações do IVV (Instituto da Vinha e do Vinho) do Carregado e de Aveiras de Cima estão ao abandono e num impasse. À beira da Estrada Nacional 366, as estruturas de Aveiras estão à mercê do vandalismo, e constituem mesmo um risco para a população. Em causa está por um lado a ausência de qualquer vedação que impeça o acesso aos edifícios, e por outro, os depósitos desprotegidos, onde podem acontecer acidentes, como perigo de quedas.

Luís de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Azambuja, reconhece o problema. Para o autarca o estado em que o espaço se encontra, não dignifica o local, mas assegura que a autarquia não pode intervir, pelo facto do mesmo não ser sua propriedade.

Ao Valor Local, o presidente da Câmara, recorda que chegaram a existir negociações com o Estado, para que o Destacamento da GNR de Alenquer ocupasse o local. Luís de Sousa é da opinião de que aquela localização “seria um local mais estratégico para a GNR”. “Estamos pertíssimo da auto-estrada, com mais possibilidade de estacionamentos, sendo que o espaço é maior do que aquele onde está hoje a GNR em Alenquer”.

O presidente da Câmara destaca, igualmente, que essas negociações nunca avançaram, tendo chegado a um impasse, já que o Estado preferia que a Câmara de Azambuja comprasse o terreno onde estão os edifícios. As negociações que pararam há perto de três anos pararam no momento em que a Câmara terá dito ao Estado que “não tinha dinheiro para adquirir o terreno. O que faria sentido era que o Estado pegasse naquilo e fizesse ali qualquer coisa” desabafa Luís de Sousa, que assegura que desde essa altura que a autarquia nunca mais soube de nada sobre o assunto.

ImagemIVV Carregado
Mas este não é caso único na região, também em Alenquer existe uma estrutura do IVV ao abandono. Desta feita o espaço é muito maior, sendo que o estado em que se encontra é de maior perigosidade para a população. Neste caso as instalações estão desactivadas há mais de dezena e meia de anos, e também estas estão desprotegidas e já foram alvo de vários actos de vandalismo, sendo habitual a permanência naquele espaço de população sem abrigo e toxicodependentes, que procuram no seu interior algum tipo de privacidade para actividades menos licitas.

Tudo isto é do conhecimento das autoridades locais, mas também aqui como o edifício é propriedade estatal, pouco ou nada podem fazer. Ainda assim o vereador Paulo Franco salienta que a autarquia (à semelhança de outros casos) “tem tomado todas as diligências legais no sentido de salvaguardar a segurança e saúde públicas. Sendo que os proprietários têm sido informados e sensibilizados sobre o atual estado da infraestrutura”.

O local que em tempos esteve para ser um posto da GNR, projecto entretanto abandonado devido aos valores pedidos, está hoje sem solução a médio prazo, pelo menos é o que refere ao Valor Local o vereador Paulo Franco da Câmara Municipal de Alenquer, que sustenta que “apesar do esforço desenvolvido pela autarquia, por anteriores executivos e pelo actual para encontrar uma solução para aquela infraestrutura, não houve, até à data, qualquer evolução.

Um dos entraves à resolução deste problema há muito identificado pelos carregadenses, é o preço pedido à autarquia, que como se sabe está a lutar com problemas financeiros e com uma dívida. Segundo o vereador, o valor pedido pelo Estado é de um milhão de euros, e terá sido revelado numa reunião entre o autarca e o representante da Estamo , empresa do Estado que trata do imobiliário. Todavia, o Valor Local sabe que o valor pedido pode quase duplicar, já que nas traseiras do edifício existem silos de armazenamento com uma dimensão considerável, cujo desmantelamento está orçado em quase 700 mil euros.

Segundo o vereador Paulo Franco, a autarquia não tem em mente um valor disponível para este projecto. O vereador salienta que tudo depende do projecto, das parcerias, e do financiamento para saber quanto estaria disposta a gastar, ainda assim e tendo em conta a proposta da ESTAMO, Paulo Franco considera “o valor apresentado é proibitivo”.


Miguel António Rodrigues
28-06-2014

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