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Arqueólogos ansiosos por voltarem ao Castro de Vila Nova de São Pedro 

Depois da campanha promissora que teve lugar em 2017. Aguardam por nova luz verde do município
Sílvia Agostinho
26-01-2018 às 18:41
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Em 2017, e depois de uma operação de limpeza no local, a Associação dos Arqueólogos Portugueses, pôde voltar muitos anos depois para mais uma campanha que permitiu colocar novos aspetos daquele monumento do Calcolítico, e que à semelhança do Castro do Zambujal em Torres Vedras é a primeira marca de uma organização do homem enquanto militar no território onde hoje é Portugal, sendo por isso um exemplo dos primórdios da arquitetura militar e civil.

Apesar dos reveses e dos obstáculos que têm surgido, os arqueólogos nunca desistiram do seu estudo, e aguardam agora com o novo executivo saído das eleições a possibilidade de nova luz verde para avançarem. Como sempre muito do que acontece ou não no Castro depende da autorização dos proprietários do terreno. A figura da expropriação já esteve em cima da mesa, mas a autarquia tem preferido a via do diálogo até onde seja possível.

Em mais um encontro de arqueólogos que aconteceu no dia 23 de janeiro, no Museu do Carmo, Vila Nova de São Pedro e as suas potencialidades voltaram a ser enfatizadas. Para os arqueólogos que estiveram no local no verão foi particularmente emotivo o contacto com a população, nomeadamente, aquela que em muito jovem teve oportunidade de participar nos trabalhos e que ainda hoje recorda com muita nostalgia esses momentos, sendo o Castro um monumento muito querido na localidade.

 “Esse aspeto humano é muito importante até tendo em conta que muitos foram batizados pelo Padre Jalé que fazia parte da equipa de arqueólogos, e outros eram afilhados do Afonso do Paço, outro dos arqueólogos”, refere José Arnaud, presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses para quem a recolha desta memória oral é inequivocamente um dado especial.

Durante 2017, novos elementos quanto à riqueza deste monumento foram trazidos ao conhecimento e necessitam de serem mais aprofundados, nomeadamente, a existência ou não de uma segunda muralha – “Foi descoberta em alguns pontos mas não sabemos se envolve todo o recinto. Seria importante apurar da existência ainda de outras estruturas defensivas. A recolha de amostras do modo de vida daquelas populações como sementes, ossos de animais para se reconstituir o seu quotidiano é outro dos aspetos. Importa ainda identificar os materiais utilizados nos vários utensílios descobertos”.

​Hoje em dia a ciência através da técnica da datação por radiocarbono que não existia nas escavações de há 50 anos poderia ser preciosa quanto a novas descobertas no local. O grande objetivo passa por finalmente tornar aquele património visitável “sem ser danificado, e de forma a que as pessoas através de sinalética apropriada saibam o que estão a ver”. “Contamos com o apoio da Câmara e dos proprietários porque comporta algum nível de intervenção com passadiços, por exemplo, como já acontece nos parques naturais”, no fundo “um polo de desenvolvimento local”.


Comentários

Impressionante a ligeireza com que se tem "esquecido" de Hipólito da Costa Cabaço, que foi só quem descobriu o "Castro".......lamentável....
Luís Figueiredo 
Alenquer
05-02-2018 10:42

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