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Por António Loureiro, deputado Assembleia Municipal de Azambuja

Pobre mundo rico: Impunidades

Esta quase década e meia do Século XXI, tem sido especialmente fértil em escândalos na área financeira, com a inevitável repercussão na economia.

Escândalos que revoltam e cujos factos associados, tornam uns quantos mais ricos e levam à pobreza de milhões de seres humanos, grande parte crianças, conduzindo-os à  mais degradante das misérias, à fome e à morte.

Na origem está uma ganância, e também hipocrisia, desmedidas, a procura a qualquer custo, custo este sempre suportado pelos outros, do lucro, sempre mais dinheiro, mesmo que já se tenha muito, e poder. Tudo de preferência a um nível astronómico, não importando que assente no mais vil espezinhar dos mais elementares direitos dos outros, que não passam neste “jogo de casino” de insignificâncias estatísticas publicadas em jornais e anuários de organizações internacionais, a que só alguns dão importância, uns pelos seus deveres funcionais, outros porque se preocupam genuinamente, lutando para alterar uma realidade atroz.  

O respeito pelo próximo, a moral e principalmente a ética, que parece ter sido criada para ser cumprida pelos outros, os que estão a ser cilindrados pelo rolo compressor desta economia predatória, dita de mercado. Desta “economia que mata”, como constatado por muita gente e sublinhado pelo Papa.

Portugal tem também os seus casos, BCP, BPN, BES e outros de menor dimensão, que se alimentaram de ilusão e euforia, autêntico regabofe, que atingiu governantes, políticos em geral, dirigentes e cidadãos menos avisados ou informados.

Outros, com a cabeça fria e sabendo o que se estava a passar, foram-se aproveitando do regabofe, de forma criminosa, e até ao presente continuam impunes, fazendo crescer o descrédito na justiça que puna os poderosos, nos reguladores bancários e da bolsa de valores, pois tudo parece ter, cheia de inteligência, uma boa justificação.   

Dinheiro fácil, que afinal era emprestado pelo exterior, bens, cada vez mais caros a crédito, mas tudo corria bem até que a economia; a real, aquela ligada à riqueza efectivamente produzida, resolveu dizer, de forma devastadora como um tsunami, que a realidade era outra.

Austeridade e pobreza, é o binómio da vida em Portugal, onde aumenta o numero de milionários, mas a maioria está condenada à pobreza pela falta de emprego, pelo salário e pensão que não dá para a vida e os sinais não são de esperança. Mas do que estamos realmente pobres é de valores éticos e morais que aumentem o respeito pela dignidade e direitos do outro.

Até à próxima.


13-11-2014

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