ASPEA aconselha limpezas regulares no Sorraia para controlar praga de jacintos
A associação está a colaborar com duas universidades com o objetivo de serem facultados ao município de Benavente alguns materiais de comunicação no sentido de “se parar com o comércio de invasoras” mas também “a criação de um código de Aquacultura”
|08 Fev 2023 14:59
Sílvia Agostinho A Associação Portuguesa de Educação Ambiental diz que tem estado atenta ao problema da invasão do rio Sorraia pelas plantas invasoras, os denominados jacintos de água. Uma praga cujo combate não parece ter fim à vista. Joaquim Ramos Pinto, presidente daquela associação, foca a questão na sensibilização ambiental e na prevenção como formas de ajudar a ultrapassar a realidade. No âmbito do projeto “Life Invasaqua” e do projeto “Rios” tem sido realizado um trabalho naquele âmbito.
O tema da invasão de jacintos no Sorraia é recorrente. Em 2018 foi disponibilizada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) uma verba para efeitos de controle da praga tendo sido identificados oito troços entre Benavente e Coruche. Carlos Coutinho, presidente da autarquia, em reunião de Câmara, no ano passado, adiantou que a candidatura ultrapassaria os três milhões de euros para reparação das galerias ripícolas, podas de árvores e criação de condições para que o rio possa ter navegabilidade ao longo dos 50 quilómetros do troço em causa, mas não adiantou até que ponto é que o município estará disponível para efetuar este investimento. A ASPEA tem estado presente no concelho de Benavente em ações de sensibilização por ocasião do Dia Mundial dos Rios com a mobilização das escolas, a que se juntou a realização de um encontro ibérico com jovens de escolas da Galiza, em que Benavente foi palco de partilha de experiências no âmbito do “Life Invasaqua”. A associação está a colaborar atualmente com duas universidades, Évora, e Múrcia em Espanha com o objetivo de serem facultados ao município de Benavente alguns materiais de comunicação em preparação no sentido de “se parar com o comércio de invasoras” mas também “a criação de um código de Aquacultura”. Segundo esta associação, o combate às pragas de jacintos a que se assiste em vários cursos de água não deve passar apenas pela sua remoção técnica de que são exemplo variadas intervenções com maquinaria pesada não só no Sorraia mas também na Pateira de Fermentelos, Águeda, “mas antes por um envolvimento das comunidades e das associações. Manter uma regularidade na limpeza deverá ser o mote, porque a sua propagação acaba por ser muito rápida”. A associação tem ainda um projeto junto das escolas “Vamos cuidar do Planeta” em que o desafio passa por identificar uma problemática à escala local. No caso das aquáticas invasoras ser o tema escolhido “temos um conjunto de atividades e materiais disponibilizados com o apoio de especialistas e técnicos para que os jovens consolidem a informação científica sobre essa problemática em que o objetivo passa por elaborarem propostas de intervenção junto dos atores políticos locais”. |
|
Leia também
20 anos de Euro, a moeda do
|
O país está a acusar gravemente a falta de água e os dias de tempo seco. Vários setores estão a ser afetados, com a agricultura à cabeça. Ouvimos vários agricultores da nossa região
|
Desde que estourou a guerra na Ucrânia que mais de dois milhões de cidadãos daquele país estão a fugir rumo aos países que fazem fronteira. Em março foram muitos os que rumaram a Portugal e Vale do Paraíso no concelho de Azambuja foi um dos destinos
|
Vertical Divider
|
Notícias Mais Populares Café Versátil continua na impunidade e moradores acusam GNR de não atuar Aveiras Eco Valley, o projeto que está a fazer sonhar Mercadona chega a Vila Franca em 2023 Vila Franca Centro fechou há seis anos mas os problemas continuam Proprietário do Café Versátil pede desculpa aos vizinhos pelo excesso de ruído |