“Asperger às Claras” começou em Azambuja e expandiu-se para todo o país

Felismina e Bruno Viana têm levado o seu projeto a várias escolas
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Em 2012, Felismina Viana e Bruno Viana, mãe e filho, levaram a ação “Asperger às Claras” a todo o concelho de Azambuja, dando a conhecer nas escolas a Síndrome de Asperger através de uma dramatização levada a cabo por Bruno, portador desta síndrome, seguida de uma explicação sobre a mesma. Trata-se de uma manifestação no espetro do autismo, que tem vindo a suscitar cada vez mais curiosidade dos pais, professores e restante comunidade educativa dado que em quase todas as escolas há crianças autistas em que nem sempre se sabe muito bem como lidar com as mesmas. Depois de Azambuja, Felismina e o filho têm sido presença mais ou menos assídua em programas de televisão em que se aborda este tema, e têm percorrido todo o país, em várias escolas, com as suas apresentações.

Azambuja foi pioneira neste projeto em que fundamentalmente se procurou quebrar tabus e tornar os portadores da síndrome aceites e compreendidos. “Foi em Azambuja que o projeto ganhou consistência com idas mensais às escolas do concelho, em que apresentámos ‘A Flauta Mágica’ de Mozart pelo Bruno”, lembra Felismina Viana. “Recordamos com muito carinho todo o envolvimento e apoio por parte da antiga vereadora da Educação, Ana Maria Ferreira, e da sua equipa, que desde a primeira hora acreditaram que seria importante esta parceria voluntária.”

Muitos ficavam surpreendidos com “a capacidade de memorização do Bruno para os textos complicados. É algo que é muito difícil nesta síndrome.” Outro dos fatos surpreendentes relacionava-se com a expressividade que alcançava quando representava. “Percebiam que estas pessoas têm dificuldade de comunicação com o mundo, e que o fazem de uma forma particular”.

Na sua opinião, “Azambuja significou sem dúvida a abertura de uma grande porta”, tendo em conta também que o município faz parte da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras. No total, mãe e filho totalizaram 75 sessões em todo o país. Passaram por todo o concelho de Azambuja, e depois Almada, Seixal, Setúbal , Bobadela, Sacavém , Alverca, Vialonga, Ericeira Mafra,  Marinha Grande, Malveira, Lisboa, Caldas da Rainha, Peniche, Guimarães, Vila Nova de Gaia, sem esquecer as ilhas dos Açores e da Madeira.

Felismina Viana refere que não contou com qualquer apoio institucional nas viagens que efetuou e respetivas apresentações. “Levámos a cabo este projeto apenas com a nossa boa vontade, e daqueles que carinhosamente nos receberam, e agradeceram a nossa presença. Não tenho palavras suficientes para os afetos que tivemos.”

Quanto a um regresso a Azambuja, confessa – “Gostamos sempre de regressar ao sítio onde fomos felizes. Os meninos já seriam outros. Mas só faria sentido em outros moldes, e quem sabe para outro tipo de população.”

Sílvia Agostinho
06-07-2015

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