Associação Desportiva do Carregado com urgência em novas instalações
O clube está a contas com uma ação de despejo por parte da família Pinto Barreiros há dois anos
Sílvia Agostinho
28-06-2017 às 18:25 A Associação Desportiva do Carregado (ADC) vai ter de abandonar definitivamente o campo de jogos Lacerda Pinto Barreiros que a família Pinto Barreiros vinha reclamando para si desde há alguns anos com a devolução do terreno. A decisão do Supremo Tribunal de Justiça chegou entretanto, e a direção do clube em conjunto com o município de Alenquer organizou uma conferência de imprensa no início de junho para dar a conhecer o ponto de situação cuja solução passará pela disponibilização de um terreno na Guizanderia através de um contrato programa com a Câmara de Alenquer.
Com uma ação de despejo por parte da família já há dois anos, Fernando Silva, presidente do clube, refere ao Valor Local que tem tentado encontrar uma solução, e culpa o município por também ser responsável pelo imbróglio criado, ainda no tempo de Álvaro Pedro, antigo presidente da Câmara, ao ter desafetado o terreno onde se encontra o campo de futebol da ADC de área agrícola para habitacional no PDM. Com a valorização do terreno, “o que vamos pagar em tribunal também fez aumentar as custas do processo, na ordem dos 200 mil euros”. Em entrevista ao Valor Local, Luís Pinto Barreiros, em setembro de 2014, assumia a necessidade de devolução do campo inicialmente doado pela sua família mediante acordo verbal 50 anos antes. O herdeiro referia que chegaram a ser dadas outras soluções ao clube em terrenos ainda no Carregado que não foram aceites pelas sucessivas direções, “cada vez mais ambiciosas, tendo em conta que a dada altura até desejavam hipotecar o campo para realizar capital para o clube se manter na liga Vitalis”. Por outro lado, esclarece que quando o terreno foi doado pelo seu pai o objetivo era o fomento do desporto junto dos mais jovens, algo que se veio a perder nos últimos anos desde que o clube se profissionalizou “esquecendo os juvenis ou os iniciados”. Sobre o terreno na Guizanderia, Fernando Silva refere que confina com outro de um particular que está na disponibilidade de o doar para ali se instalar o novo complexo do clube, e assim aumentar a área. O clube tem de abandonar por ordem do tribunal a atual localização até fim do mês de junho bem como as suas infraestruturas. “Temos de entregar a chave”, conforma-se Fernando Silva que espera que a família Pinto Barreiros seja compreensiva nesta fase e dê ao clube “um tempo para que as suas estruturas possam ser movidas para outro local”. Sendo essencial “nesta altura que a Câmara dê o decisivo passo em frente” e assine o contrato-programa com o clube com um valor aprovado em assembleia municipal para que “a ADC leve a cabo as obras”. O dirigente nesta altura apenas sabe que a Câmara continua em conversações com a família Pinto Barreiros para que possa fazer um compasso de espera tendo em conta o abandono por completo das instalações. Em declarações ao Valor Local, a autarquia reafirma o seu comprometimento com o caso no sentido de se encontrar uma solução para o clube, que passará também pelo diálogo com a família Pinto Barreiros. . ComentáriosSeja o primeiro a comentar
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