Associações de Alenquer com falta de interessados em integrar órgãos sociais
Foi uma das conclusões de um encontro promovido pela Associação das Coletividades do Concelho de Alenquer
|18 Dez 2022 11:54
Sílvia Agostinho A Associação das Coletividades do Concelho de Alenquer (ACCA) debateu os caminhos do associativismo local. Segundo Pedro Cordeiro, presidente desta associação, ao Valor Local, a pandemia veio trazer mais desafios, e entre coletividades com atividade intensa, e aquelas que funcionam enquanto café da localidade e que fazem um evento por um ano, a conjuntura não é favorável, até porque há cada vez menos pessoas interessadas em fazer parte dos órgãos sociais das associações que têm assim muitas dificuldades em dinamizar a sua atividade.
A ACCA que faz parte da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD), presta apoio a vários níveis às suas associadas, “até porque as exigências são cada vez maiores e a necessidade de informação é muita”. Pedro Cordeiro enfatiza que muitas das coletividades têm dificuldades em manter a atividade a funcionar por motivos financeiros, “em que o retorno dos eventos é escasso, porque muitas das verbas angariadas são gastas só em taxas”. O desinteresse pelas atividades proporcionadas pelas coletividades é um problema “porque as pessoas tendem a refugiar-se nos seus contextos pessoais, pelo que muitas vezes o trabalho passa por tentarmos captar os mais jovens para associações”. Outra das condicionantes em muitas associações relaciona-se com “a presença de estatutos obsoletos”, “como por exemplo na associação que dirijo, a Liga dos Amigos de Alenquer, que datavam da década de 50, em que as mulheres não podiam votar, sendo consideradas sócias de segunda. Tivemos de rever os estatutos. Muitas outras associações enfrentam também esta realidade a nível dos estatutos e dos regulamentos internos”. Este é um trabalho do qual podem beneficiar as associações ligadas à ACCA, 23 no total das 90 coletividades do concelho. “Hoje, se uma associação quiser pedir um apoio à Câmara ou inscrever-se para receber fundos comunitários, há uma série de questões que devem ser atendidas desde o relatório e contas, entre outras burocracias, e muitas delas não têm essa base organizada. É nessa altura que entramos com o nosso apoio”. Sobre os apoios da Câmara Municipal de Alenquer, é da opinião de que não pode ser atirada toda a responsabilidade na dinâmica das associações ao município, “até porque cabe a cada um de nós, coletividades, desenvolver projetos, devidamente cabimentados, e não esperar que seja a autarquia de per si a fazer um apoio único”. “Partilhar experiências e encontrar o rumo para conseguirmos ir em frente com os nossos projetos é o objetivo numa lógica de aprendizagem com os erros”, conclui. |
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