Atleta de Aveiras de Baixo nos Jogos Olímpicos
Pedro Isidro espera ficar nos 20 primeiros Com um tempo recorde pessoal de 3 horas e 55 minutos quando o recorde do mundo ronda as 3 horas e 31 minutos, Pedro Isidro de 31 anos espera conseguir uma boa classificação
Sílvia Agostinho
05-08-2016 às 16:34 O atleta Pedro Isidro, com raízes em Aveiras de Baixo, vai participar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro na prova dos 50 quilómetros marcha. Com um tempo recorde pessoal de 3 horas e 55 minutos quando o recorde do mundo ronda as 3 horas e 31 minutos, Pedro Isidro de 31 anos espera conseguir uma boa classificação. Em média anda na casa dos primeiros 25 atletas a cortar a linha da meta. Nas últimas provas que tem disputado nem tudo correu da melhor maneira devido a problemas gástricos: “Mas agora estou bem e penso que poderei estar ao meu nível, refere.
Sendo uma prova que requer grande concentração e resistência física, Pedro Isidro diz que a maior dificuldade uma vez em competição no Rio de Janeiro será a humidade característica daquele clima tropical, para isso o atleta tem seguido uma preparação física todos os dias de manhã junto à costa portuguesa, marchando uma média de 15 a 18 quilómetros, de modo a conseguir aproximar-se o mais possível das condições que depois vai encontrar do outro lado do Atlântico. “Lá é inverno neste momento, e a humidade é mais perigosa”. O segredo conta é manter um ritmo certo, “para não se exagerar muito, e se poder vir a pagar uma fatura muito cara na parte final”. A prova dos 50 quilómetros marcha esta marcada para o dia 19 de agosto. Em média esta prova dura cerca de quatro horas e meia. O país aposta forte em medalhas até tendo em conta o último europeu da modalidade, mas Pedro Isidro é mais reservado quanto a esta matéria no que diz respeito à disciplina que representa – “Talvez sim, talvez não! Também é preciso ter sorte. Da minha parte acho que é difícil, mas se conseguisse um 18º lugar, por exemplo, já seria ótimo”. Pedro Isidro não se dedica em exclusivo ao desporto, é também serralheiro de alumínios, e há cerca de 14 anos que já não vive no concelho de Azambuja, mas ainda mantem ligações à sua terra, e a Vale do Paraíso, onde reside a sua família. Quanto a apoios para a prática da modalidade, Pedro Isidro refere que são mais notórios nesta altura dos Jogos Olímpicos a nível da federação, “mas acabam logo após essa fase”.
|