Aumentou o número de pessoas carenciadas na Castanheira
Devido à pandemia mais pessoas estão a pedir ajuda. A comissão de utentes do centro de saúde organizou uma recolha de bens
|03 Jul 2021 19:48
Sílvia Agostinho A Comissão de Utentes do Centro de Saúde da Castanheira do Ribatejo em articulação com a Cáritas e os bombeiros locais conseguiu angariar 42 cabazes de produtos alimentares com destino à população mais carenciada da freguesia. O agravamento das condições de vida devido à pandemia levou a que muitos, nos últimos meses, tenham estendido a mão à solidariedade.
Vários comerciantes aderiram ainda a esta ideia, e foi possível a todos os que quiseram ajudar contribuir para esta causa. Nos bombeiros foram também deixados vários sacos com bens de primeira necessidade. Foi a primeira vez que esta comissão abraçou esta causa. Pedro Gago, da comissão de utentes do Centro de Saúde da Castanheira, refere à nossa reportagem que o quadro da pobreza na freguesia está a aumentar. Segundo dados que lhe foram fornecidos “nesta altura a Associação de Promoção Social da Castanheira fornece refeições numa média de 300 pessoas, já a Associação Promotora de Apoio à Terceira Idade, também na Castanheira, anda na casa das 400 pessoas”. Muita gente na freguesia “ficou sem trabalho e sem comida”, diz-nos. Apesar de ter sido criada para lutar por melhores condições no centro de saúde local, esta comissão tem-se envolvido noutras reivindicações e desta vez decidiu arregaçar as mangas em prol dos que estão a passar mais dificuldades. Uma das pessoas contactadas pela comissão foi Ana Luísa Coito. Está desempregada, e o marido também não consegue ter um trabalho a tempo inteiro. “Está no Luís Simões mas só consegue ir três ou quatro vezes por mês por conta da pandemia”, conta-nos. Esta foi mais uma vez uma ajuda importante. O rendimento médio mensal por mês oscila entre os 200 e os 400 euros o que é insuficiente para os seus gastos. Antes da pandemia, recorda que conseguia ter uma fonte de rendimento mais estável. Andava nas limpezas mas desde março do ano passado que nunca mais conseguiu recuperar esse trabalho. Já se inscreveu para ter acesso ao rendimento social de inserção, mas foi indeferido devido a burocracias. “Está muito difícil”, desabafa. Deixe a sua Opinião sobre este Artigo
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