Autárquicas 2021 - Carlos Goncalves Candidato da CDU à União de Freguesias de Alverca Sobralinho
Conheça as propostas do recandidato da CDU à União de Freguesias ao Jornal Valor Local
|17 Ago 2021 18:11
Carlos Gonçalves recandidata-se pela CDU à União de Freguesias de Alverca/Sobralinho. O candidato, e presidente da junta, vai a votos pela segunda vez e refere ao Jornal Valor Local que o Aterro do Mato da Cruz que tantas dores de cabeça tem dado às populações e autarcas, tem o fim previsto para o dia 31 de dezembro, mas se isso não acontecer terá na junta um forte adversário. O recandidato recorda que o mesmo “já teve várias datas para fechar e como tal sofreu vários adiamentos”, mas acredita que o encerramento a curto prazo terá de ser uma realidade. No que toca à avaliação da postura da Valorsul, empresa que gere o aterro, o candidato comunista refere que a “população tem muitas dúvidas, e desconfiança perante a mesma”. Em causa está a declaração de interesse público municipal do espaço em 2011 “com alteração simplificada do PDM para exploração de uma pedreira e posterior alargamento do aterro sem nenhum estudo de impacte ambiental”. O autarca diz que isso “revoltou a população”. “Não foram acautelados os impactos ambientais, os interesses da população, a saúde publica”, e deixa a pergunta – “Podemos confiar em quem monitoriza, ou em quem explora?”, questiona o candidato. Carlos Gonçalves diz que a “Valorsul e a Câmara Municipal estiveram do mesmo lado, contra a população” e afiança que na sua opinião a empresa e a Câmara “deveriam estar preocupadas com os mais de 40 mil habitantes na área direta de impactos ambientais”, apontando como prioridade a descontaminação dos aquíferos ou a promoção de estudos “para definir os impactes da exploração deste equipamento na saúde pública e efetivar o projeto de intervenção paisagístico pós encerramento”. O candidato refere mesmo que nunca existiram benefícios para as populações daquele aterro, salientando que “sofremos todos primeiro como lixeira da Área Metropolitana de Lisboa, depois como aterro sanitário, nunca, em tempo algum existiram benefícios ou compensações para tanto sofrimento”. O candidato diz que se for reeleito vai reforçar e dar continuidade às posições já assumidas “pela Junta de Freguesia de Alverca e Sobralinho e seguidas pela assembleia municipal” que se traduzirá no “encerramento do aterro a 31 de dezembro de 2021”. O candidato recorda que a empresa “já definiu data para encerramento da célula das cinzas inertizadas que contêm metais altamente cancerígenos” reforçando que esta decisão “resulta da firmeza da ação de uma junta de freguesia na defesa dos interesses da sua população”, garantindo que tudo fará para que se cumpra tal decisão. No que toca as células que rececionam RSU (Resíduos Sólidos Urbanos) o candidato teme que “com a valorização dos biorresíduos se possa eternizar o seu funcionamento.” Nesse sentido lembra que a empresa “tem de apresentar um calendário de encerramento para essas células que não ultrapasse 2022”. Carlos Gonçalves promete que caso isso não aconteça tomará medidas: “A junta por mim presidida tudo fará para alterar o regulamento de trânsito impedindo o acesso de veículos pesados ao aterro, forçando o encerramento do mesmo”. Nas acessibilidades, há muito que se pede o fim das portagens entre Alverca e Vila Franca de Xira como forma de promover a coesão territorial. Nesse sentido o autarca recorda que a CDU foi o primeiro subscritor da petição para a abolição das portagens. Carlos Gonçalves lembra que que a petição foi unânime até mesmo junto do PS e PSD e que se estendeu ainda à construção dos nós de acesso no Sobralinho e Caniços como fator primordial de coesão, apontando o dedo à antiga presidente da Câmara e agora deputada na Assembleia da República, Maria da Luz Rosinha “que que era a redatora pelo PS e intitulou-se conhecedora das necessidades do concelho”. Carlos Gonçalves diz que o processo bloqueou em 2019 e mais uma vez, coloca a culpa na deputada Maria da Luz Rosinha. O candidato dos comunistas salienta que a deputada à época “justificou o voto contra com a intenção do Governo de investir 30 milhões de euros em acessibilidades no concelho, mas hoje, fala-se em 10 milhões para continuidade do IC2 até Alverca”. O autarca acusa o PS de ter “uma postura no concelho, favorável e outra no parlamento que é contra.” Há um ponto comum entre ambas: “não trazem melhorias ao concelho, nem à população”. O candidato diz que a CDU “tem no seu programa a afirmação da necessidade de uma alternativa à Nacional 10” e refere que se o partido ganhar a Câmara de Vila Franca e a Junta de Alverca, “ teremos mais força para implementar a isenção de pagamento de portagens no troço Alverca/Vila Franca de Xira para todos os veículos que entram ou saiam naquelas duas localidades até que haja uma alternativa à Nacional 10.” Para o candidato comunista, “é um processo simples, basta haver vontade política em consonância com as aspirações da população e atividade económica da freguesia e concelho”. No que toca ao nó do Sobralinho Carlos Gonçalves refere que a União de Freguesias já contribui com 1/3 do orçamento da Câmara Municipal, “contudo, a falta de acessibilidades e mobilidade estrangula todo o seu potencial de desenvolvimento. Tempo é dinheiro. O desenvolvimento do concelho, desta União de Freguesias para continuar a ser atrativa necessita destes nós como pão para a boca”. Para o autarca “é uma inevitabilidade a construção destes nós de acesso. Tem faltado vontade política da Câmara Municipal e aos sucessivos governos centrais” e diz ter a certeza de que “com uma Câmara CDU, em conjunto vamos conseguir”. Carlos Gonçalves exemplifica com a deslocalização do cemitério de São Sebastião: “Muitos afirmaram ser um processo para esquecer, com décadas, foi inscrito no programa eleitoral da CDU para a Junta em 2017, e está feito”. No que toca a projetos, o candidato recorda a existência de três pilares: A competência da Junta, da Câmara e do Governo Central. No que respeita à junta, o autarca diz que quer “promover campanhas de sensibilização, compostagem, reciclagem e práticas responsáveis de vivências em espaço público.” Outro dos objetivos passa por apoiar o comercio local “em ações de dinamização de rua e aumentar as áreas de iluminação de natal”. O candidato diz querer dar continuidade às “Alverquíadas e criar as Sobralinhíadas na festa anual do desporto em articulação com o movimento associativo”. Por outro lado aponta a continuidade aos projetos de cidadania jovem OTL, colónias de férias e campos criativos e dar continuidade ao projeto “Rua Fechada para Brincadeira”, com o objetivo de “ trazer as famílias à rua”. Se vencer as eleições Carlos Gonçalves quer apoiar o movimento associativo “e com isso dinamizar a vida cultural das freguesias nas múltiplas dimensões culturais”. Por outro lado, diz ser importante apoiar as associações de pais e de estudantes “contribuindo para o fortalecimento das dinâmicas educativas já estabelecidas e apoiar e acompanhar as escolas de ténis que colocam Alverca no topo do panorama nacional do ténis com campeões nacionais” Junto da Câmara Municipal, o candidato que se for reeleito vai querer dialogar, mas também cooperar e exigir. Carlos Gonçalves fala na necessidade de uma “recolha do lixo eficiente, aumento de ilhas e ecopontos, colocação de pilhómetros e oleões, recolha de monos com agendamento, lavagem de ruas e ecopontos”. Noutros objetivos, recorda a necessidade de fechar o aterro e da construção do passeio Ribeirinho Alverca/Sobralinho. Diz ainda ser importante dialogar com a Câmara para a construção de um espaço polivalente que “receba biblioteca, sala para exposições conferências e negócios, auditório e salas polivalentes que sirvam de incubadoras para as mais diversas atividades culturais e performativas”. Nesta dimensão em que a junta entende ser necessário o papel da Câmara Municipal, defende ainda a requalificação das estradas de Arcena e dos Baltares, mas também da praceta 3 da Quinta das Drogas, e parques de jogo e recreio; praceta 25 Abril, ringue da Chasa, Rua da Esperança, Rua Poeta António Aleixo e Teatro Ildefonso Valério. Por outro lado, diz que é importante requalificar a Nacional 10 e dotar de passeios nas ligações de Alverca ao Sobralinho”. Lembra também que é necessário aumentar os lugares de estacionamento e tem em projeto a criação de um skate park e de um parque canino. Ao governo pretende requerer a isenção do pagamento de portagens no troço entre Alverca e Sobralinho para melhoria da qualidade de vida “e do ar das nossas localidades até serem criadas alternativas à Nacional 10”, bem como o “reforço dos centros de saúde com mais profissionais de saúde: auxiliares, administrativos, médicos e enfermeiros”. Na educação defende a criação de protocolos tendo em vista um polo de ensino superior para a freguesia. Deixe a sua Opinião sobre este Artigo
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