Autárquicas 2021 - Cláudio Lotra, candidato do PS à União de Freguesias de Alverca Sobralinho
Conheça as propostas do candidato socialista para a união de freguesias
|17 Ago 2021 18:11
Claúdio Lotra, o candidato do Partido Socialista, à União de Freguesias de Alverca/Sobralinho, também deposita esperanças no encerramento a curto prazo do Aterro do Mato da Cruz. O candidato, em resposta ao jornal Valor Local, diz que o PS mantém uma preocupação sobre o assunto desde sempre, vincando que a mesma não está relacionada com o período eleitoral que se vive.
Claúdio Lotra, recorda que “o atual Aterro do Mato da Cruz era, ainda na década de noventa, uma lixeira a céu aberto, com todos os perigos que isso representava para a população”. “Foi reconvertido em aterro sanitário e, no nosso entender, já cumpriu o seu papel, sendo por isso necessário que seja selado definitivamente”, atesta. O candidato diz que para tal, é necessário que os eleitos locais das “freguesias envolvidas e do município trabalhem em conjunto com a administração da Valorsul”, vincando que “é nisso que estaremos empenhados, com seriedade e sem encenações”. Sobre a postura da Valorsul, Lotra refere que a mesma “tem procurado arrastar o encerramento definitivo do aterro, uma vez que ainda não terá operacional uma solução alternativa” ainda assim salienta que “apesar disso, houve nos últimos tempos uma alteração dessa postura, muito por aquilo que foi a pressão da Câmara Municipal sobe a administração da empresa”. Para Cláudio Lotra “foi precisamente a política continuada da Câmara Municipal que permitiu o envio de informação às autarquias e o estabelecimento de algumas datas e a fixação de metas para o encerramento faseado do aterro. Devemos continuar esse caminho para atingirmos o objetivo pretendido”. O candidato refere que a não existência de um calendário para encerrar o aterro é algo que não o satisfaz. Aquilo que existe presentemente é “um esboço de calendário”. Contudo nota que “já é um avanço em relação ao que tivemos até agora”. Segundo a Valorsul, o fim da deposição de cinzas inertizadas ocorreu a 31 de julho do presente ano. O candidato reafirma que posteriormente “seguir-se-á a selagem definitiva da primeira célula de resíduos urbanos, onde já não é efetuado qualquer depósito, ficando pendente a selagem definitiva das segunda e terceira células de resíduos urbanos”. Cláudio Lotra promete: “Se for eleito Presidente da Junta da União de Freguesias de Alverca e Sobralinho, como espero, terei certamente uma postura mais ativa, quer no acompanhamento de todos os processos relacionados com o aterro, participando na recém-criada Comissão de Acompanhamento Ambiental, quer no contacto permanente e direto com a Valorsul, sempre procurando as informações corretas para fornecer à população”. Para o candidato, os fregueses “não compreendem como é que o atual Presidente da Junta de Freguesia, no cargo desde outubro de 2017, tenha reunido pela primeira vez com a administração da Valorsul a meio do ano 2021, em vésperas de eleições”. Para o candidato socialista “foram quase quatro anos em que o atual presidente da Junta não se preocupou com isso, o que prova que nunca esteve interessado em resolver o problema, que nunca esteve interessado em estar do lado da solução”. Cláudio Lotra garante que irá assumir uma “postura de verdade, porque todos os alverquenses, mas principalmente os que residem mais próximo do aterro, merecem receber informações corretas e sérias”. O candidato socialista vai ainda mais longe referindo que “o atual presidente da Junta de Freguesia, em entrevistas a alguns órgãos de comunicação social e em intervenções públicas em órgãos onde por inerência tem assento, proferiu afirmações sem qualquer fundamento científico que apenas lançaram o pânico e a confusão” referindo que a presença do aterro estaria relacionada com o aparecimento de cancros em algumas pessoas na freguesia. Declarações essas feitas à Rádio e Jornal Valor Local. Para o candidato do PS, “se existem dúvidas ou suspeitas sobre o impacto do aterro na saúde pública, o correto é exigir junto das autoridades de saúde a realização de um estudo para confirmação ou não desses impactos, para depois se poder falar com propriedade”, garantido que o fará se for eleito. No que toca às acessibilidades, Cláudio Lotra refere que existe ainda muito a fazer. O candidato recusa a ideia de que as reivindicações quanto à construção do nó do Sobralinho, da variante de Alverca, e o fim das portagens na A1, sejam batalhas perdidas. Recorda que “a freguesia é atravessada por redes rodoferroviárias importantíssimas, motivo pelo qual o nosso território é tão apetecível para a instalação de empresas. Isto é algo que não devemos combater, mas pelo contrário, devemos incentivar”. Para Cláudio Lotra, o que tem de acontecer é a conjugação deste tráfego com a circulação e com os movimentos pendulares da população” e recorda que “ao longo dos últimos anos têm decorrido algumas iniciativas que devem continuar, na certeza de que as soluções passam, necessariamente, pela conjugação de vontades das entidades de governo local e central”. Para o candidato socialista, significa “que o trabalho a realizar neste âmbito deve ser discreto e eficaz, e só dessa forma será possível encontrar soluções e atingir com sucesso os objetivos a que nos propomos”. Cláudio Lotra salienta também que na sua opinião “nestas matérias, o ruído muitas vezes prejudica mais do que ajuda”. “O protesto pelo protesto, inconsequente e apenas para ter algumas linhas ou segundos na comunicação social não é, em meu entender, a melhor solução para lidar com assuntos tão estruturais e estratégicos, não só para esta União de Freguesias, como para todo o concelho”. No que concerte mais especificamente à Variante e ao Nó do Sobralinho, o candidato salienta que “estas questões das acessibilidades não devem, nem podem, ser vistas isoladamente, devendo isso sim ser trabalhadas em conjunto, abrangendo a totalidade do território”. “Alverca e Sobralinho não são uma ilha e os movimentos da nossa população não se circunscrevem ao interior da nossa União de Freguesias” e acrescenta que “quer o Nó do Sobralinho, quer a Variante de Alverca são intervenções que têm de ser consideraras à escala concelhia” e por isso garante total colaboração com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Para Cláudio Lotra, os processos de construção destes projetos têm padecido de dificuldades como aliás “são bem conhecidas de todas as forças políticas, com assento quer nos órgãos autárquicos de freguesia, quer municipais”. Por isso o candidato refere que na sua opinião “muitas das coisas que têm sido ditas e escritas não são sérias, são apenas ‘espuma’ da luta política”. “Considero que isso é o pior que pode acontecer, uma vez que para resolver e ultrapassar os obstáculos será necessário que todos remem no mesmo sentido”, algo que segundo o candidato deve ser feito por todos e acima dos interesses partidários. Sobre projetos, Cláudio Lotra coloca o ênfase no facto de querer ouvir as pessoas. E por isso aponta que “todo o nosso programa está centrado nas pessoas. O candidato diz querer dar continuidade à construção do Parque Linear Ribeirinho do Estuário do Tejo entre Alverca e o Sobralinho “para que se efetive o reforço da ligação das nossas gentes ao rio, processo já iniciado no presente mandato”. Cláudio Lotra diz que Alverca/Sobralinho é uma freguesia moderna e cosmopolita e por isso “não se pode contentar apenas com canteiros”. “É imprescindível requalificar e reconverter espaços existentes na União de Freguesias para melhor fruição pública, criando condições para a sua utilização por todas as faixas etárias”. Para o candidato a União de Freguesias é o motor económico do concelho e por isso é “crucial aprofundar as políticas de intervenção nas infraestruturas viárias que facilitem a opção por formas de mobilidade sustentável, suave e partilhada.” No que toca ao desporto e bem-estar, Cláudio Lotra salienta que tem em projeto “marcar e divulgar trilhos, rotas culturais e de natureza, mas também através de aplicações móveis, com uso de GPS, que permitam a divulgação do património histórico, cultural, religioso, gastronómico e ambiental”. Por outro lado, o candidato refere que pretende criar uma rede de salas de estudo, “em articulação com as bibliotecas municipais, com funcionamento em horário alargado para que os jovens possam beneficiar de espaços comuns de estudo”. Se for eleito presidente quer também “tornar a freguesia acessível a todas e a todos através da criação de novas bolsas de estacionamento, reforço da limpeza urbana, renovação do mobiliário urbano e supressão de barreiras arquitetónicas presentes no espaço público”. No âmbito social, Lotra garante que se ganhar a junta “será dada prioridade ao apoio regular de âmbito social à população, através do reforço da atividade da Comissão Social de Freguesias e da reativação do trabalho de rede com suas as instituições”. No âmbito da juventude, o candidato aposta na criação do “Espaço Atendimento Jovem” com agendamento de momentos exclusivos, digitais e presenciais. Com este objetivo o candidato quer criar um atendimento mais célere do executivo aos jovens, até porque refere que “esta faixa etária representa o futuro da nossa União de Freguesias e é para nós uma prioridade”. Deixe a sua Opinião sobre este Artigo
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