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Avipronto testa todos os funcionários pela segunda vezCinco novos casos de coronavírus, esta semana, em funcionários que tinham feito um primeiro teste negativo levou a nova repetição
Sílvia Agostinho
15-05-2020 às 21:09 |
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Surgiram, esta semana, cinco casos de Covid-19 na Avipronto, após ter sido dado a conhecer o surto que afetou 101 funcionários daquela empresa que esteve encerrada durante uma semana. A atividade foi retomada na passada segunda-feira. Os cinco trabalhadores não acusaram positivo nos testes efetuados entre o dia um e dois de maio. Questionada está a ser a atuação das entidades de saúde se a reabertura não terá sido extemporânea face ao acréscimo de mais casos. Rui Matias do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura, e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB) diz que a empresa já vai "numa segunda volta de testes a 100 por cento dos trabalhadores".
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O sindicalista acrescenta que nesta fase "a empresa até está a comportar-se de uma forma bastante razoável", no cumprimento "dos vários critérios sanitários". Os trabalhadores infetados, no universo dos 240 que laboram na unidade de Azambuja do grupo Lusiaves, "estão a ser acompanhados pela Saúde 24". Os cinco novos casos já estão sob quarentena.
A Avipronto tem neste momento a trabalhar 20 pessoas na linha de produção, mais 17 na manutenção, refeitório e escritórios. Serão as mesmas que vão entrar ao serviço na semana que vem, de forma a reduzir os contágios. A empresa não vai chamar outros funcionários que tenham dado negativo nos testes. "Está tudo a ser feito com cuidado com acompanhamento da Direção Geral de Saúde (DGS)". Coloca-se a questão de se saber se a DGS não terá procedido a uma reabertura cedo demais, tendo em linha de conta que se está, neste momento, a fazer um compasso de espera para uma segunda leva de funcionários de regresso ao local de trabalho - "Sei que no final da semana passada, 70 funcionários estavam aptos a regressar ao local de trabalho, mas apenas 37 foram chamados. Os cinco trabalhadores estão assintomáticos, mas este vírus acaba por ser imprevisível, e como as pessoas trabalham muito perto umas das outras é uma gestão difícil". Rui Matias, do SINTAB, assegura que está a ser pensada, no seio da empresa, uma "nova organização do espaço na linha" com mais condições de distanciamento social, e com outros horários. Mas esse é um objetivo difícil porque "nem a nível europeu isso está a ser efetuado". "Só se tivéssemos mais maquinaria, mas isso significaria menos postos de trabalho". Em relação à posição do Governo que alega que os ajuntamentos nos comboios são motivados pelos próprios passageiros que preferem viajar todos juntos quando há mais carruagens disponíveis, o SINTAB diz que isso"demonstra desconhecimento perante o número de trabalhadores que usam o comboio". "Excuso-me de comentar essas afirmações", conclui, referindo ainda que não há alternativas no transporte rodoviário que "é uma vergonha", com uma grande escassez de autocarros. |
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