Avó de Alcoentre não se conforma com retirada do neto pela CPCJ
Criança de seis anos encontra-se num centro de acolhimento em Tires
Sílvia Agostinho
30-12-2015 às 19:39 No início do mês de dezembro, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) do concelho de Vila Franca de Xira retirou três menores a uma família de Povos, de forma inesperada, na saída da escola. Na base da decisão das técnicas, e segundo conta à nossa reportagem, Lídia Pereira, avó de uma das crianças, estava a denúncia que reportava ao facto de ter sido violada a providência cautelar que impedia o contacto entre os pais da criança, devido a uma queixa de violência doméstica.
Lídia Pereira, avó paterna de um menino de seis anos, queixa-se da ação da CPCJ já que a proibição de aproximação entre o casal não se aplicava ao seu neto, que diz ter sido vítima das circunstâncias. O menor está num centro de acolhimento em Tires, e as visitas têm sido difíceis. "Só os pais do menino o podem visitar". Segundo Lídia Pereira, e pelo que pôde apurar, a CPCJ na sua ação deveria ter feito uso da possibilidade de auscultação de outros familiares, como é o seu caso, de modo a evitar a institucionalização da criança. (No âmbito das atividades deste tipo de comissões está também a identificação da família alargada dos menores, e a prevalência de medidas que os possam integrar na mesma). Os outros dois menores, de 13 e 15 anos, enteados do filho de Lídia Pereira, e de acordo com o jornal "O Mirante", encontram-se desaparecidos, depois de um deles ter estado à guarda de uma instituição do concelho de Vila Franca de Xira. Lídia Pereira refere que um deles chegou a estar em sua casa, durante uns dias, mas que depois foi entregue à mãe. "Entreguei-o em vésperas de Natal, a mãe sabia onde estava, e possivelmente saberá por onde andam agora". Quanto ao neto reitera que não estava em perigo. "A CPCJ agiu de uma forma inacreditável, e o meu neto é a pessoa mais inocente no meio de tudo isto". Carla Cunha, mãe das crianças, refere ao Valor Local que não sabe do paradeiro dos filhos, contrariamente ao que é dito pela sogra. Quanto ao filho mais novo, que se encontra num centro de acolhimento de Tires, refere que esteve adoentado em vésperas de Natal, mas que já se encontra melhor. Carla Cunha aguarda também por desenvolvimentos do caso quer por parte do Tribunal quer quanto às diligências da PSP. O Valor Local contactou a CPCJ de Vila Franca de Xira para prestar declarações sobre o caso, mas até ao momento não foi possível.
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