Azambuja: Gaiola de 4 mil 100 euros não resulta na apanha de pombos
Para funcionar em pleno, teria de ter um funcionário municipal em permanência para retirar os pombos recolhidos.
Miguel António Rodrigues
24-02-2016 às 22:21 Já há vários anos que o município de Azambuja luta para tentar erradicar o crescente aparecimento de pombos, situação acerca da qual o Valor Local tem dado eco. A prova disso foi a aquisição de uma gaiola por 4100 euros no ano de 2008 pelo antigo vereador José Manuel Pratas.
Pelo preço, quase que estaríamos na presença de uma verdadeira “gaiola dourada”. Uma teoria que ganha mais força, se juntarmos a isto a eficácia conseguida com a sua aquisição. O Valor Local sabe que a gaiola, com cerca de um metro quadrado de área, não terá apanhado mais que meia dúzia de pombos, e que a sua ineficácia terá levado o município de então a colocar esta armadilha de lado. Segundo destacou ao Valor Local, o antigo vereador que não soube precisar o valor gasto, a compra daquela gaiola terá sido mais uma tentativa para eliminar os pombos que ameaçavam e que ainda ameaçam a Igreja de Aveiras de Baixo. De facto e segundo José Manuel Pratas, na altura, a aquisição desta gaiola parecia um bom método, que de resto terá sido recomendado por algumas juntas de freguesia, onde teria funcionado “mais ou menos bem”. Todavia em Azambuja, o processo foi diferente. Refere o antigo vereador que para funcionar em pleno, teria de ter um funcionário municipal em permanência para retirar os pombos recolhidos. Esclarece José Manuel Pratas, que o conceito desta gaiola seria atrair os pombos através da colocação de milho no seu interior, contudo e rapidamente o interior da gaiola depressa ficava entupido, daí a necessidade da presença de um funcionário da câmara o que salienta, seria bastante difícil. O ex-autarca que refere qua a aquisição foi decidida com o aval do presidente de Câmara de então, Joaquim Ramos. A solução como se viu foi rapidamente abandonada, e o combate a estas aves abrandaria de seguida. Ainda recentemente, Silvino Lúcio, vereador e vice-presidente da Câmara de Azambuja, confirmaria ao Valor Local que o município está a perder o combate à proliferação de pombos. Esta é de resto uma realidade que se alastra a muitas outras localidades e que é de difícil resolução. Os medicamentos para causar infertilidade das aves são caros e a utilização de milho roxo é proibida. Passados quase 9 anos após a compra desta gaiola quase dourada, tendo em conta o rácio eficácia/ preço, os problemas mantêm-se. Azambuja e Aveiras de Baixo continuam a ser locais preocupantes para as autoridades, que também recebem queixas de agricultores que de vez em quando, veem as suas plantações dizimadas pelos pombos. Quanto à gaiola, o Valor Local sabe que ainda se encontra nas instalações municipais, mas completamente obsoleta.
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