Azambuja: PSD e CDS exigem parecer negativo da Assembleia Municipal para as centrais fotovoltaicas
Em causa, para já, os complexos previstos para a Quinta da Cerca e para a Torre Bela
|13 Fev 2021 14:43
Miguel António Rodrigues O PSD e o CDS querem uma reunião urgente da Assembleia Municipal. Para marcar essa reunião, é necessário um número de assinaturas mínimo que os dois partidos estão a recolher.
Em causa está a necessidade de emitir um parecer negativo relativo à instalação da “central Fotovoltaica da Cerca” no concelho de Azambuja prolongando-se até Alenquer, como de resto o Valor Local já tinha adiantado na sua edição impressa. Nesta altura, está em curso a consulta pública da Avaliação de Impacte Ambiental do projeto que termina no próximo dia 23 de fevereiro de 2021. O PSD e o CDS argumentam que “a central fotovoltaica da Cerca situa-se na freguesia de Aveiras de Baixo e fica encostada às localidades de Virtudes e dos Casais da Lagoa” e por isso conclui que “a sua instalação implica a destruição de mais de metade da Mata das Virtudes, nomeadamente nas áreas que estão afetas à REN – Reserva Ecológica Nacional”. Por outro lado, num documento emitido pelos dois partidos a que o Valor Local teve acesso, as duas forças políticas sustentam ainda que no caso da central da Torre Bela, outro dos complexos de painéis solares previstos para o concelho, “ a sua instalação, como é público, já implicou a destruição de centenas de hectares de árvores, incluindo espécies protegidas, bem como a matança indiscriminada de, pelo menos, 540 animais”. Ainda na argumentação enviada ao presidente da Assembleia Municipal de Azambuja, António Duarte, o grupo sublinha que esta instalação a concretizar-se “em conjunto com as outras centrais que se pretendem instalar no território do concelho de Azambuja, vai condicionar negativamente as perspetivas de desenvolvimento municipal nos próximos 25/30 anos, com significativo impacto negativo nas condições socioeconómicas das populações”. Por outro lado recorda que a própria câmara Municipal, ainda “não participou em nenhuma das referidas consultas públicas”. Nesse sentido refere que é importante nesta altura “afirmar de forma inequívoca que a Assembleia Municipal de Azambuja não aceita a instalação da central fotovoltaica da Quinta da Cerca, nem tão-pouco da mega central fotovoltaica da Torre Bela” e que a mesma “não deve aguardar por uma futura discussão deste tema a propósito de uma eventual declaração de interesse público municipal que venha a ser proposta pelo executivo camarário, porquanto o passado já demonstrou que a incapacidade de tomar decisões na hora certa causa danos sérios na qualidade de vida das populações do concelho de Azambuja. É pela raíz que se corta o mal”, rematam ambos os partidos |
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