Azambuja quer ressuscitar candidatura da Tauromaquia a património nacionalEpisódio do Campus Tauromáquico acabou por não ajudar numa primeira fase
Sílvia Agostinho
24-07-2018 às 18:15 O município de Azambuja estará a preparar o dossier respeitante à inscrição da tauromaquia como património imaterial e cultural nacional com a recolha de uma série de elementos tendo em vista esse objetivo. Em declarações ao Valor Local, o vereador com o pelouro da Cultura, António José Matos, que já antes o tinha feito em reunião de Câmara confirma esse interesse, apesar das exigências que tal acarreta. Segundo apurámos, até hoje nenhum município com tradições taurinas conseguiu passar da grelha de partida quanto a este objetivo. A Direção Geral do Património Cultural terá critérios muito exigentes quanto a este tipo de inscrições.
Recorde-se que no último mandato de Joaquim Ramos na Câmara de Azambuja (2009-2013) a Assembleia Municipal votou por maioria favoravelmente este projeto municipal suportado num inventário de mais de 600 páginas apresentado pelo historiador José Machado Pereira, o proponente da candidatura em que a Câmara aparece como promotor. O passo seguinte nunca foi dado, pelo que até hoje permanecem em parte incerta as melhores expetativas quanto a este desiderato, apesar de a Câmara “louvar o excelente trabalho do historiador Machado Pereira”. Não conseguimos apurar para já se o proponente continua interessado em levar a bom porto este projeto depois de não ter havido consequências práticas após a votação em assembleia municipal. Se a base de trabalho continuar a ser o inventário disponibilizado naturalmente que terá de ser o mesmo a coordenar a pasta tendo em conta a sua proposta. O episódio em que Machado Pereira propôs a designação de Campus Tauromáquico para o local designado por Campo da Feira, em Azambuja, acabou por fazer cair ainda mais no esquecimento o dossier de candidatura. A proximidade à praça de touros e a possibilidade de ser um elemento enriquecedor no vasto dossier acabou por ser alvo de crítica e de chacota para os políticos dos vários partidos, tendo o presidente da Câmara, Luís de Sousa, em inícios do mandato passado, acabado por retirar a proposta.
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