Balanço OP Alenquer
Projeto do centro de atletismo é calcanhar de aquiles A autarquia tinha dois anos para concluir todos os projetos, mas atrasos relacionados com os tempos das obras e algumas vicissitudes que foram aparecendo condicionaram para além deste projeto o da criação dos caminhos pedestres “Do Montejunto ao Tejo”
Sílvia Agostinho
08-11-2016 às 11:45 O projeto do centro de atletismo de Alenquer incluído no Orçamento Participativo (OP) de 2014 continua a ser um dos grandes calcanhares de aquiles do município que espera que a obra avance e chegue a bom porto, apesar de resvalar a data limite de 31 de dezembro deste ano. A autarquia tinha dois anos para concluir todos os projetos, mas atrasos relacionados com os tempos das obras e algumas vicissitudes que foram aparecendo condicionaram para além deste projeto o da criação dos caminhos pedestres “Do Montejunto ao Tejo”. O projeto de um espaço coberto na escola Básica de Canados, também de 2014, estará pronto em breve. A Câmara tem ainda um ano para completar os seis projetos vencedores do OP de 2015 que ainda não saíram do papel.
O vereador explica que no caso da pista de atletismo e conforme chegou a ser noticiado pelo nosso jornal, o projeto sofreu alterações com a colocação de uma caixa de areia para o salto em comprimento e criação de condições ainda para o salto em altura com um colchão, para além das pistas de atletismo que decresceram de seis para quatro. “Paramos, na altura, a fase da contratação face às novas ideias, e neste momento já se encontra de novo em contratação pública. É necessário readaptar a estrutura do pavilhão porque vai obrigar a cobertura do pavilhão a vir até ao chão e a mudar a calha de receção das águas, bem como o quadro da PT”. Por outro lado “também foram feitas diversas perguntas por parte de quem estava a concorrer à obra obrigando a que o processo da contratação parasse a dada altura”. Já passaram quase dois anos, mas Paulo Franco rebate que não é tempo a mais face “às dúvidas existentes no projeto por parte do empreiteiro”. Acresce ainda “que a Câmara não tem capacidade para fazer as obras todas ao mesmo tempo”. Questionado se desta forma não se está a quebrar as expetativas dos proponentes, reitera que “estes processos são naturais e normais, e estamos a falar do projeto mais complexo que já tivemos em orçamentos participativos”. “Temos falado com o professor José Santos (proponente) que tem as garantias todas de que o projeto vai ser concluído”. A obra recebeu do OP de 2014 uma verba de 58 mil euros, e as alterações do projeto não vão encarecer o mesmo, segundo a autarquia. Outro dos projetos em atraso prendesse com o dos caminhos pedestres. O autarca dá a conhecer que no total dos 12 percursos pedestres, alguns serão inaugurados a breve trecho, como de Ota no final de novembro, que passará pelo Canhão Cársico, ou o de Meca. “As juntas foram fundamentais para que cada caminho pudesse conter informação acerca da gastronomia, história e turismo das freguesias” com recurso também à georreferenciação. Cinco caminhos estão a ser concluídos pelas juntas. Nos primeiros seis meses do ano, os restantes serão inaugurados. “Houve um trabalho de limpar e abrir caminhos, e alguns troços ainda tiveram de ser negociados com entidades privadas”, justifica o vereador, realçando “o incremento social que este projeto pode proporcionar aproximando as populações do fluxo turístico”. No que respeita aos projetos vencedores do ano passado o autarca adianta que estão em fase de projeto de execução de obra. O que está em fase mais adiantada é o que se prende com a cobertura exterior do jardim de Infância de Meca que deverá estar concluído ainda este ano. Se os restantes resvalarão ou não para 2018, o vereador acredita que todos poderão estar concluídos até essa data. A autarquia instituiu este ano o Orçamento Participativo Jovem cujos vencedores são conhecidos: o passaporte turístico criado por uma das escolas do concelho e que visa promover o comércio local e o turismo de Alenquer; a criação de uma mascote para a Proteção Civil; o evento da cor e da música “Romeira Color Fest”; a recuperação de uma escola em Ventosa, e os arranjos de uma escola na freguesia de Alenquer.
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