Banda do Centro Cultural Azambujense – Mais de 100 anos ao serviço da CulturaA banda filarmónica completa 118 anos de atividade
Miguel António Rodrigues
19-02-2019 às 20:32 A completar 118 anos de existência a Banda do Centro Cultural Azambujense (CCA) tem mostrado a sua vitalidade, elevando a sua fasquia musical. Fátima Rafael, presidente do CCA, salienta, em entrevista ao Valor Local, o empenho das várias dezenas de jovens neste projeto. A música ainda é para muitos um escape às tentações de um mundo repleto de internet, televisão, e muitos outros apelos ao sofá. Mas em Azambuja, os músicos do CCA têm conseguido contornar os obstáculos impostos pela sociedade de consumo. Se é certo que as coletividades foram criadas noutro tempo, num tempo em que eram a única “casa” com televisão ou com atividades de lazer, nos dias de hoje debatem-se com a manutenção desse mesmo desígnio, algo que está perfeitamente “derrotado” no CCA tendo em conta as cerca de três dezenas de músicos que participam nas saídas desta banda centenária. Segundo Fátima Rafael, todos os músicos “estão na banda por amor à arte”. Não há vencimentos para ninguém e se não fosse a entrega à música, muitos já não teriam voltado “após o primeiro ensaio”, refere a presidente que vinca que a banda do CCA tem um ambiente muito próprio onde “se recebe toda a gente com carinho e isso faz com que músicos que não são aqui residentes, apareçam para ensaiar connosco”. A juntar a isso, refere a responsável, está o facto de o novo maestro ter subido a fasquia. Há um maior rigor em tudo o que faz a banda e isso tem levado a que esta seja contatada para mais performances a nível nacional. Embora nem todos os músicos concordem com a metodologia mais rigorosa deste maestro, que é militar, todos participam na hora de vestir a camisola, elevando o estatuto deste grupo que há pouco tempo era uma das bandas filarmónicas de topo do país. No entanto, nem tudo é perfeito. Fátima Rafael fala em projetos adiados. Um deles é a construção de um auditório para dar melhores condições aos músicos e ao público. Esse é um projeto adiado, pelo menos até que a autarquia passe o terreno onde está a sede, para o nome do Centro Cultural Azambujense. Depois o próximo passo será colocar o edifício da sede, também no nome da coletividade. Algo que está a ser tratado com a autarquia que numa primeira fase apresentou uma proposta de direito de superfície de cinco anos. No entanto tal foi rejeitado pelos sócios, que preferem, à semelhança de outras coletividades, ter a segurança de um protocolo de 99 anos. Só depois destas duas questões resolvidas, refere Fátima Rafael, será possível dar “asas” ao projeto de ampliação da sede do CCA, que até lá vai “cabendo” numa sala subdimensionada para os dias que correm.
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