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Novas descobertas na Garroncheira
Os fornos da Garroncheira foram postos a descoberto nos anos 60 do século XX, na altura em que andaram a construir o canal de Salvaterra,
Sílvia Agostinho
​04-09-2016 às 21:26
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Está em curso mais uma campanha arqueológica na Garroncheira em Benavente. O local possui fornos romanos datados do século I, e o objetivo, neste momento, é apurar se houve atividade da olaria até à primeira metade do século III. Clementino Amaro, arqueólogo responsável pelas escavações, que se prolongarão até 2018, reflete que está em causa o conhecimento da produção de ânforas, e do ciclo de transporte de peixe pelo Sorraia até Lisboa onde depois seria tratado e vendido.

Os fornos da Garroncheira foram postos a descoberto nos anos 60 do século XX, “na altura em que andaram a construir o canal de Salvaterra, que passa a cerca de 50 metros daquele património arqueológico”. Durante a escavação de terras pelas máquinas, o talude foi cortado, e com isso também um dos fornos romanos, na altura ainda desconhecidos.
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Os fornos começaram a ser estudados nos anos 80 quando Joaquim Parracho, homem da terra, levou o arqueólogo para os conhecer. Desde 1987, sucederam-se três campanhas. “Estamos a desenvolver, desde 2015, uma campanha para deteção dos locais de despejo das peças rejeitadas desses fornos, e o eventual surgimento de novos, que nos possa dar uma ideia do contexto da olaria romana nesta zona do Vale do Tejo”.

Esta região caracteriza-se como propícia ao aparecimento deste tipo de vestígios relacionados com a olaria dadas as características aluvionares e estuarinas dos terrenos, “que favorecem a existência do barro”, refere Clementino Amaro. Por outro lado, “a proliferação de matas fornece combustível para os fornos”. O facto de haver uma via navegável para o transporte de preparados de peixe completa o leque das condições necessárias à atividade da olaria. Para além das ânforas, era também fabricada louça doméstica como panelas, pequenas vasilhas, e restantes apetrechos necessários para uma cozinha nestes fornos.

Na Garroncheira, como resultado das mais recentes escavações, e tendo em conta as normais inundações próprias do Ribatejo, foi descoberto um conjunto de ânforas “que pela sua disposição no terreno dão-nos a ideia de que funcionavam como dreno à passagem de águas. Embora isto não seja ainda uma certeza”, ressalva.

Para já e após várias campanhas no terreno ao longo das últimas décadas, a Garroncheira caracteriza-se “claramente pela consolidação de uma longa atividade económica” que deverá ter funcionado durante 200 anos. “O que é algo significativo para uma região, e que destaca a função do rio Sorraia no contexto romano na comercialização de produtos”.


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