Bienal 2016
Vila Franca quer respirar fotografia Autarquia quer levar a cabo um programa mais ambicioso este ano
Sílvia Agostinho
23-04-2016 às 12:17 A Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira pretende este ano dar um passo em frente. Em conferência de imprensa, a autarquia e o curador do evento, David Santos, antigo diretor do Museu do Neo-Realismo, vincaram “a ambição” do programa deste ano, cujo destaque vai para as mini exposições de fotógrafos com créditos firmados que podem ser apreciadas em diferentes espaços da cidade de Vila Franca. Von Calhau, Mónica de Miranda, Salomé Lamas, Pauliana Valente Pimentel, Daniel Blaufuks são apenas alguns dos nomes.
Para Alberto Mesquita “é importante” que a autarquia continue a dar primazia a esta arte “em que o momento aprisiona a mensagem”. Mais parcerias com instituições académicas e associações de fotografia são bem-vindas. O evento este ano sofre algumas transformações que passam pelo facto de “não existirem lugares cativos” na final. Ao longo dos anos, associações do concelho e escolas passavam diretamente à final sem antes serem alvo do crivo do júri. A autarquia pretenderá assim colocar todos os concorrentes em pé de igualdade. De outubro de 2016 a janeiro de 2017, a bienal faz-se das intervenções fotográficas de autores consagrados patentes em locais como o Pavilhão Multiusos, Hostel DP, escadaria dos paços do concelho, antigo posto de turismo, fábrica das palavras, museu municipal, mercado municipal, Museu do Neo-Realismo, Galeria Paulo Nunes, Clube Vilafranquense, Café Puro, entre outros. “Vila Franca respirará fotografia”, expressou o vereador da Cultura Fernando Paulo Ferreira a este respeito. Desta forma, a Câmara também pretende elevar a fasquia das candidaturas que se apresentem a concurso. Ao mesmo tempo, o Celeiro da Patriarcal abarca à vez e não todas ao mesmo tempo, (e aqui está uma das principais novidades) as três exposições que normalmente resultam dos três concursos. A exposição geral de tema livre com um prémio no valor de cinco mil euros realiza-se entre 19 de novembro 2016 e 8 janeiro de 2017. A exposição dedicada a Vila Franca, e a exposição evocativa da arte tauromáquica (de quatro de fevereiro a 19 de março de 2017), mas com prémios no valor de mil euros para cada um dos autores vencedores. Ao contrário do que já vinha sendo hábito desde a primeira edição da bienal em 1989, os fotógrafos concorrentes deverão enviar o seu portfolio, e não três fotografias emolduradas. Ainda no que toca à fotografia, o município prepara-se para inaugurar uma exposição dedicada às vivências no concelho nos anos 40 e 50. “Trata-se de uma janela de conhecimento para a forma como se vivia no nosso concelho, e as modificações trazidas pela segunda guerra mundial”, referiu o vereador da Cultura.
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