Bilionário árabe à procura de negócios em Azambuja

O empresário falou em exclusivo com o nosso jornal
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Um empresário saudita esteve em Azambuja recentemente para apurar das oportunidades de negócio no concelho. Trata-se de um engenheiro civil de formação mas, sobretudo, de um dos maiores industriais da Arábia Saudita, líder de um grupo de cerca de 30 empresas. O Valor Local entrevistou em exclusivo o empresário de seu nome Riyahd que se afirmou muito satisfeito com a sua deslocação a Azambuja.

Em conversa com o nosso jornal fez questão de afirmar o seu deslumbramento pela paisagem portuguesa, e pela hospitalidade do nosso país, algo que também pode testemunhar “na forma calorosa de receber do presidente da Câmara de Azambuja, que colocou todos os seus meios ao dispor nesta deslocação”. Sem revelar se vai ou não investir o seu capital no país ou no concelho, deixou no ar apenas que a sua visão sobre o que poderia encontrar nesta visita mudou a 100 por cento para melhor.

Com negócios um pouco por todo o mundo, o árabe deixa um conselho aos empresários portugueses, neste momento, em que o país vive num limbo de desejo de saída da crise na sua plenitude. “Portugal necessita de fazer um melhor marketing do que tem para oferecer, tal como a Arábia Saudita o fez captando a curiosidade e o interesse dos países mais poderosos do mundo”. No mundo dos negócios sugere ainda a aposta no mercado imobiliário e faz questão de citar Warren Buffet – “Tenha medo quando os outros são gananciosos, e seja ganancioso quando os outros têm medo”.

Quanto aos seus negócios, revela estar agora a entrar no mercado da transação de mercadorias sobretudo no comércio de cereais. Os seus projetos para o futuro no que respeita à sua fortuna passam também por ajudar outros e deixar um legado para os seus descendentes.

Hoje em dia a Arábia Saudita é um país bastante cobiçado pelos quadros superiores portugueses que desejam uma experiência fora de portas. Os salários são altos, e a luxuosidade dos países emergentes daquela área do Golfo não deixa ninguém indiferente. Neste sentido, deixa uma espécie de conselho aos jovens portugueses: “Informem-se o melhor possível sobre a companhia para onde vão trabalhar”. Sendo que “regra geral os árabes adoram ter europeus a trabalhar nas suas empresas”.

A Arábia Saudita como gigante mundial no que diz respeito à indústria petrolífera com os vários subprodutos a ocuparem um peso decisivo no produto interno bruto, verá nas suas palavras de forma negativa e pessimista o advento em cada vez maior escala das ditas renováveis. “Isso terá de facto um impacto negativo na região do Golfo”.

Esta visita do empresário saudita ao concelho de Azambuja resulta de uma parceria do município com a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Saudita (CCILS). Esta primeira iniciativa, organizada pela autarquia e pelo Business Council daquela câmara, pretende ser apenas o lançamento de uma "colaboração regular, estreita e profícua para todas as partes".

A deslocação proporcionou o conhecimento de algumas potencialidades locais e o contacto com eventuais futuros parceiros de negócios. A  visita iniciou-se pela Coudelaria Henrique Abecasis (Quinta do Pilar – Aveiras de Baixo) com enfoque na criação de cavalos e no turismo equestre. Seguiu-se a observação do projeto de plantação de olival na área das freguesias de Manique do Intendente e Alcoentre (“Quinta do Convento”) considerado como "muito interessante para um grande consumidor de azeite como é o mercado árabe", concordaram as várias entidades nesta visita. Por fim, visita às instalações e processo de produção de fruta cristalizada e sumo de laranja natural da empresa Frutalcarmo (Alcoentre) que, na sua estratégia de crescimento, “espreita” uma oportunidade de internacionalização.

A comitiva foi composta, entre outros, pelo presidente da Câmara de Comércio, Rodrigo Ryder, além do empresário e respetiva família. Os seus ramos de atividade passam pela construção e pela energia, mas assumem maior protagonismo os empreendimentos e a atividade turística bem como o setor agro-alimentar. Refira-se que este grupo empresarial movimenta anualmente mais de 5 biliões de dólares.

Sílvia Agostinho

29-08-2015
21:44

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