São de Pontével, Cartaxo, e têm dado que falar. Os Bizu Coolective venceram recentemente o evento francês “Cirque et Fanfares Festival” realizado em Dole. A maior parte do grupo está junta desde 2009, na altura num outro projeto que acabou por dar origem aos Bizu Coolective, que existe desde o final de 2012.
O elementos desta banda foram beber às suas experiências mais antigas em filarmónicas/fanfarras e cavalinhos para criar a sua música. “Acabou por ser este o nosso ponto de partida”, refere André Quitério ao Valor Local. O grupo faz uma abordagem em que mistura o funk old school, o hip hop instrumental e o afrobeat.
“O nosso estilo musical centra-se menos na parte estética do género e mais na roupagem de brass band que lhe podemos conferir, esse acaba por ser o cunho que damos ao que fazemos, e é a forma pela qual somos reconhecidos”, sintetiza. Quanto a gravar discos, a banda refere que já gravou algumas maquetas, “mas sobretudo para uso próprio e promoção, e sem a intenção de as comercializar, mas o dia em que vamos lançar um álbum está cada vez mais próximo”, acredita André Quitério.
Na estrada, esta banda tem atuado em diversos locais: “Já pisámos vários palcos, tanto na nossa ‘casa’ (concelho do Cartaxo) que sempre nos recebe bem como fora. De entre vários concertos que demos, podemos referir os mais conhecidos, como a Festa do Avante, o torneio do Brass de Ferro (onde vencemos a primeira edição), o festival MED em Loulé no ano passado, o festival Heizetara no Pais Basco, e o Femuka em Segóvia, e agora esta vitoriosa temporada em Dole em França”, enumera o músico.
A banda não tem dúvidas em reconhecer que pisar os diferentes palcos é sempre “uma experiência maravilhosa”. O público desta banda é variado, pois “os Bizu enquadram-se em vários ambientes e palcos. Tocamos tanto para crianças como para adultos. Temos sido sempre bastante bem recebidos.”
A maioria dos elementos da banda conjuga a atividade musical com outras profissões, tendo em conta “a falta de incentivos e oportunidades no geral para a área das artes”.
Em maio deste ano arrebataram a vitória no festival internacional em França, e recorda a banda que: “foi uma experiência incrível”. “O ano passado já tínhamos tido a oportunidade de participar num festival do género, o Haizetara, que se realiza no País Basco. Mas de facto, a sensação de ganhar, de ser a banda favorita do público, e de poder partilhar a nossa música e energia, fruto de anos de trabalho com tanta gente é algo realmente impressionante e gratificante. Digamos que não poderia haver melhor desfecho para a nossa estadia em França, nem uma maior motivação para continuar o nosso trabalho”.
Em Portugal existem algumas bandas que se aproximam do estilo dos Bizu Cooletive, sendo que o grupo e tem dificuldades em enquadrar-se num género estanque: “Neste momento não podemos dizer que nos inserimos perfeitamente nas tradicionais fanfarras de rua ou brass bands. Acabamos por nos autodefinir como "Electric Brass Band" porque juntamos os elementos acústicos e a sonoridade de Fanfarra com o poder dos instrumentos elétricos como o baixo e a guitarra”.
A banda tem recebido um forte apoio das entidades da sua terra natal, nomeadamente a Sociedade Filarmónica de Pontével que cede o seu espaço para sala de ensaios. “Tem sido a base dos Bizu nestes últimos anos e estamos muito gratos por isso”.
Sobre o fato de este género de música nem sempre chegar às massas, refere André Quitério que a explicação “se prende com o facto de os principais meios de comunicação darem mais ênfase aos habituais artistas e géneros musicais facilmente comercializáveis". “Temos noção que o nosso estilo tende a ser inovador e que precisa, naturalmente, de algum tempo para ser aceite nesse meio. Por outro lado, existe também alguma dificuldade da parte de tipos de projetos como o nosso em criar material de qualidade para divulgação. É sempre um processo que despende bastante dinheiro e tempo, e que se torna bastante árduo sem o apoio de uma marca ou editora que financie.”
Para já concertos não faltam à banda que no dia 26 de julho vai estar a tocar no MEO Outjazz, no anfiteatro "Keil do Amaral" em Monsanto.
Sílvia Agostinho
29-06-2015
O elementos desta banda foram beber às suas experiências mais antigas em filarmónicas/fanfarras e cavalinhos para criar a sua música. “Acabou por ser este o nosso ponto de partida”, refere André Quitério ao Valor Local. O grupo faz uma abordagem em que mistura o funk old school, o hip hop instrumental e o afrobeat.
“O nosso estilo musical centra-se menos na parte estética do género e mais na roupagem de brass band que lhe podemos conferir, esse acaba por ser o cunho que damos ao que fazemos, e é a forma pela qual somos reconhecidos”, sintetiza. Quanto a gravar discos, a banda refere que já gravou algumas maquetas, “mas sobretudo para uso próprio e promoção, e sem a intenção de as comercializar, mas o dia em que vamos lançar um álbum está cada vez mais próximo”, acredita André Quitério.
Na estrada, esta banda tem atuado em diversos locais: “Já pisámos vários palcos, tanto na nossa ‘casa’ (concelho do Cartaxo) que sempre nos recebe bem como fora. De entre vários concertos que demos, podemos referir os mais conhecidos, como a Festa do Avante, o torneio do Brass de Ferro (onde vencemos a primeira edição), o festival MED em Loulé no ano passado, o festival Heizetara no Pais Basco, e o Femuka em Segóvia, e agora esta vitoriosa temporada em Dole em França”, enumera o músico.
A banda não tem dúvidas em reconhecer que pisar os diferentes palcos é sempre “uma experiência maravilhosa”. O público desta banda é variado, pois “os Bizu enquadram-se em vários ambientes e palcos. Tocamos tanto para crianças como para adultos. Temos sido sempre bastante bem recebidos.”
A maioria dos elementos da banda conjuga a atividade musical com outras profissões, tendo em conta “a falta de incentivos e oportunidades no geral para a área das artes”.
Em maio deste ano arrebataram a vitória no festival internacional em França, e recorda a banda que: “foi uma experiência incrível”. “O ano passado já tínhamos tido a oportunidade de participar num festival do género, o Haizetara, que se realiza no País Basco. Mas de facto, a sensação de ganhar, de ser a banda favorita do público, e de poder partilhar a nossa música e energia, fruto de anos de trabalho com tanta gente é algo realmente impressionante e gratificante. Digamos que não poderia haver melhor desfecho para a nossa estadia em França, nem uma maior motivação para continuar o nosso trabalho”.
Em Portugal existem algumas bandas que se aproximam do estilo dos Bizu Cooletive, sendo que o grupo e tem dificuldades em enquadrar-se num género estanque: “Neste momento não podemos dizer que nos inserimos perfeitamente nas tradicionais fanfarras de rua ou brass bands. Acabamos por nos autodefinir como "Electric Brass Band" porque juntamos os elementos acústicos e a sonoridade de Fanfarra com o poder dos instrumentos elétricos como o baixo e a guitarra”.
A banda tem recebido um forte apoio das entidades da sua terra natal, nomeadamente a Sociedade Filarmónica de Pontével que cede o seu espaço para sala de ensaios. “Tem sido a base dos Bizu nestes últimos anos e estamos muito gratos por isso”.
Sobre o fato de este género de música nem sempre chegar às massas, refere André Quitério que a explicação “se prende com o facto de os principais meios de comunicação darem mais ênfase aos habituais artistas e géneros musicais facilmente comercializáveis". “Temos noção que o nosso estilo tende a ser inovador e que precisa, naturalmente, de algum tempo para ser aceite nesse meio. Por outro lado, existe também alguma dificuldade da parte de tipos de projetos como o nosso em criar material de qualidade para divulgação. É sempre um processo que despende bastante dinheiro e tempo, e que se torna bastante árduo sem o apoio de uma marca ou editora que financie.”
Para já concertos não faltam à banda que no dia 26 de julho vai estar a tocar no MEO Outjazz, no anfiteatro "Keil do Amaral" em Monsanto.
Sílvia Agostinho
29-06-2015
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