"Burlões" dos purificadores de água tentaram vender aparelho ao presidente da Câmara de Benavente 

Carlos Coutinho diz compreender a aflição das vítimas
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ImagemDezenas de pessoas terão sido lesadas
Vários clientes da Águas do Ribatejo (AR) assinaram contratos com empresas que, supostamente, garantem o tratamento da água para consumo em suas casas, alegando a “má qualidade da água abastecida pela AR e perigo para a saúde dos consumidores”. O esquema terá consistido tão somente em através de um processo químico transformar, grosso modo, a água da torneira em água destilada, mas muitos clientes da AR terão sido lesados em vários milhares de euros. Neste processo, até Carlos Coutinho, presidente da Câmara de Benavente, foi surpreendido na sua casa por uma “ofensiva” de uma empresa da zona do Montijo que está a levar a cabo este tipo de vendas.

“A apresentação é feita de uma forma muito agressiva, e infelizmente muitos cidadãos aderiram de forma inconsciente. Pude comprovar o quão facilmente as pessoas podem ser induzidas em erro”, refere ao Valor Local, Carlos Coutinho.

“Depois da apresentação que fizeram na minha casa, acabei por me identificar como presidente de Câmara, disse-lhes que aquilo era um logro, e que estavam simplesmente a retirar os sais minerais essenciais da água”. Carlos Coutinho, disse ainda que o que a empresa em causa andava a fazer era “inaceitável”.  

Imediatamente, o também vice-presidente da empresa intermunicipal dá a conhecer que foi submetida a análise à água “purificada” por parte da AR; e concluiu-se que na sua apresentação, “os vendedores fazem experiências com recurso a reagentes para alterar a tonalidade, sabor e aspeto da água e provocar o assentamento dos seus minerais”. Toda a experiência e envolvência proporcionadas pelas suas apresentações criam “um cenário de medo entre os consumidores e potenciais compradores dos equipamentos de purificação”.

“Já sabíamos que estávamos perante um processo de osmose inversa, que consiste na retirada dos componentes minerais da água (sódio, cálcio, magnésio), essenciais ao nosso sistema biológico, até porque o ser humano não necessita de beber uma água destilada”.

O cenário tornou-se mais preocupante junto de alguns cidadãos do concelho portadores de doenças oncológicas ou outras igualmente graves; dado que a empresa quis fazer uma correlação entre o seu estado de saúde e a necessidade de aquisição dos ditos purificadores.

A AR através de comunicado alerta para o facto de se tratar de uma burla que já lesou até à data dezenas de cidadãos do concelho de Benavente, até porque. em causa,  também estaria o pagamento de mensalidades para alegada monitorização e controlo da qualidade da água e manutenção dos sistemas de purificação. Foram feitas queixas na GNR. Os contratos implicavam o pagamento de milhares de euros por parte dos clientes, que já procuraram ajuda junto da Deco, e recorreram a advogados para tentar renunciar aos contratos. No final de 36 mensalidades os encargos chegavam aos três mil euros.

Quanto à empresa, esta “é conhecida no mercado, não se tratando de uma firma fictícia”. “A empresa é à partida fidedigna. Não tenho nada contra os purificadores, mas a mensagem que fizeram passar é que não é aceitável”, refere Coutinho.

O Valor Local falou com Orlando Coutinho que foi uma das pessoas contactadas pela empresa. “Surpreenderam-me logo quando disseram que vinham da parte da Águas do Ribatejo. Alegaram que queriam fazer análises, sempre com uma grande conversa, e muito bem-falantes”.

E conta parte da encenação a que assistiu – “A demonstração foi sempre muito espalhafatosa, com um vendedor e um alegado médico a tirarem líquido e a meterem umas gotas de um produto, à medida, que iam comentando que a água da torneira estava péssima e imprópria para consumo. Ainda cheguei a beber água filtrada”. Orlando Coutinho para ter acesso a água em condições tinha de pagar durante dois anos pela manutenção cerca de 66 euros por mês, mais 300 pelo aparelho. Quase de imediato, participou o facto à Águas do Ribatejo. Ainda assinou contrato com a empresa de purificadores, entretanto denunciado. “Os meus familiares trataram de tudo, porque na sequência do episódio senti-me mal do coração e fui parar ao hospital”.

O Valor Local contactou a Acquasul, responsável pela venda destes purificadores,e umas das que alegadamente está implicada na burla, que não se mostrou interessada em prestar declarações.

 A AR garante, mais uma vez, que a água que distribui é de boa qualidade e totalmente segura para consumo humano, como atestam as cerca de 10 mil análises realizadas anualmente segundo o Plano de Controlo de Qualidade da Água em curso. 
 
Sílvia Agostinho
24-07-2015

Comentários

Sim estou em crer que um familiar meu foi BASTANTE burlado por alguém.
LifeHouse com certeza... uma máquina de osmose inversa...da tanga ... pelo preço de materiais, mão de obra e manutenções a preço de ouro!
Vamos acabar com essa gente! Aproveitam-se das fraquezas dos outros...
Cumprimentos
João Bastos
08/01/2018 15:04

Vejam bem! Assim andam aì agora è lifehouse com magneto terapia! !!
João Valverde
 24/10/2017 00:08

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