Câmara de Alenquer: "2018 foi o ano de consolidação do Alma do Vinho"O município diz querer atrair mais público especializado e aumentar a participação em geral nos eventos de âmbito vinícola
MAR
30-09-2018 às 20:33 O recinto do Fórum Romeira em Alenquer foi pequeno para acolher os milhares de visitantes que passaram de 14 a 16 de setembro pelo evento levado a cabo pela Câmara Municipal. A iniciativa que vai na segunda edição, é já um marco em termos de provas de vinhos, conferências e concertos na região de Lisboa, e que mais uma vez fez as delícias dos que passaram pelo recinto.
Pedro Folgado, presidente da Câmara Municipal de Alenquer, salientou ao Valor Local que em termos de audiência nos concertos, o certame de 2018 “superou as expetativas”. O autarca considerou positivo o facto de a adesão ter sido significativa: “É sempre bom quando trabalhamos muito e vemos depois as pessoas a aderir” e acrescenta que moldura humana que se envolveu no certame ao longo de quatro dias “foi muito importante para nós”. Contudo o autarca acrescenta que ainda há aspetos a melhorar - “Apenas vamos na segunda edição, portanto aprendemos com a primeira, e na terceira vamos aprender com as outras”, referindo que esta é uma marca que começa a ficar enraizada nas pessoas, não só de Alenquer como também de fora. Neste leque estão também os apreciadores de vinho “que esperam pelas supressas dos anos seguintes”.” O que vai mudar ou o que vai ser diferente de ano para ano”. Pedro Folgado salienta que agora é tempo de reunir com a equipa para uma avaliação mais pormenorizada, destacando ao Valor Local os feedbacks positivos que recebeu, relativos à segurança e limpeza do recinto, bem como à organização. Para o autarca esses testemunhos são importantes, porque “podíamos ter grandes concertos musicais, mas se se estivesse tudo desorganizado e sujo e com pouca qualidade era desagradável”. O presidente da Câmara de Alenquer destaca também o comportamento dos cidadãos que participaram nas provas de vinhos, tanto mais que estas eram livres e existiu uma consciência de se beber com moderação. Pedro Folgado referiu que tudo decorreu com dignidade, sobretudo pela existência de 40 produtores de vinhos diversos. “As pessoas até comentavam que era um evento com vinhos que podia proporcionar excessos, mas que estes não existiram”. Com os olhos postos na próxima edição de 2019, Pedro Folgado sublinha a importância da realização do mesmo em setembro “altura do fim das vindimas”. O autarca diz que a Alma do Vinho deste ano foi reforçada até porque Alenquer e Torres partilham a “Cidade Europeia do Vinho”. Este é um certame com um público alvo específico, bem diferente do tipo de público da Feira da Ascensão. Neste caso, o autarca refere que para 2019, pondera dar um impulso à feira, que atualmente é organizada pela ACICA (Associação Comércio e Indústria do Concelho de Alenquer). Concluída esta segunda edição, Rui Costa, vereador da Cultura, confessa que o pensamento já está na edição do próximo ano, e no que pode ser feito sem aumentar de forma significativa o seu orçamento. “Hoje, ainda que muito satisfeitos com o resultado final de 2018, num recinto mais pensado, melhor equipado e com uma programação e serviço mais profissional que em 2017, críticos como somos com a nossa atuação e serviços prestados aos munícipes, são já muitas as ideias para fazer ainda melhor em 2019 e, sem a pretensão de aumentar muito o orçamento do evento, já elencamos um conjunto de medidas a adotar em edições futuras para melhorarmos alguns dos aspetos que identificamos como passíveis de correção ou melhoria”. Em nota de imprensa, o município diz que atrair mais público especializado e aumentar a participação do público em geral aos eventos de âmbito vinícola, são apontadas como algumas das prioridades em 2019. “Muito satisfeitos com a quantidade de público na generalidade, muito satisfeitos com a imagem, equipamentos e valências do recinto do evento, muito satisfeitos com a qualidade e diversidade da programação vínica, nomeadamente com as provas comentadas, as provas premium, as conferências, a harmonização de vinhos com gastronomia, entre outras propostas, assim como a adesão do público a estas, importa agora aumentar o público especializado no mundo dos vinhos durante as tardes junto dos produtores presentes, importa aumentar a frequência de público generalista ao longo de todo o horário de funcionamento do recinto, importa aumentar a componente cultural e artística presente no recinto, mas serão tudo questões a levar em conta pela pequena mas muito valiosa comissão organizadora deste evento (a mesma de todos os outros eventos municipais que se fazem no concelho) e que já pensa e sonha com a edição de 2019”, afirmou. Para além da componente vitivinícola, a animação musical foi à semelhança do ano passado, uma das apostas fortes da Alma do Vinho. David Antunes foi o único “repetente” do ano passado, com atuação na noite de abertura. Agir foi um dos responsáveis pela primeira grande afluência de público na noite de sexta-feira, mas foi Diogo Piçarra no sábado, que bateu todos os recordes com milhares de pessoas a lotar o recinto da Alma do Vinho. Os músicos de Alenquer animaram os finais de tarde no palco secundário, com os NMP, Alexandre Casimiro Duo, AcousticNote e Daniela Pereira Duo. Destaque ainda para as três provas Premium, promovidas pela Doc Lisboa Wines, dedicadas aos Grandes Tintos de Lisboa, Grandes Brancos de Lisboa e Vertical Syrah da Quinta Monte d’Oiro.
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