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O município de Alenquer critica a obra da Infraestruturas de Portugal no arranjo da Nacional 9 face ao estreitamento da faixa de rodagem no troço urbano da Merceana. Uma situação que já foi alvo do descontentamento dos munícipes.
Esta era uma obra há muito reclamada por parte da autarquia, face ao estado de degradação que comprometia a segurança de condutores e peões. O vice-presidente da autarquia, Rui Costa, quando confrontado com o início das obras e verificadas as larguras de passeios, estacionamentos e faixas de rodagem, encetou um conjunto de diligências com a proprietária da obra, perante algumas situações detetadas que lhe "pareceram menos ajustadas e que careciam de algum bom senso, não obstante as decisões técnicas dos engenheiros especialistas em tráfego e da legislação em vigor", adianta a autarquia em comunicado de imprensa. “O envolvimento prévio do município de Alenquer neste processo foi sempre no sentido de assegurar uma intervenção neste troço urbano que melhorasse a qualidade de vida da população desta localidade, nomeadamente aumentando locais de estacionamento na proximidade de estabelecimentos comerciais eliminando um problema muito antigo de estacionamento na faixa de rodagem, reconstruindo passeios e criando as condições para uma mobilidade mais segura e confortável para os peões, ao mesmo tempo que se assegurariam as condições necessárias para a aplicação de medidas de acalmia de tráfego e a consequente redução da velocidade das viaturas dentro da localidade”, explica o vice-presidente. Com o início das obras verificou-se mais do que um estreitamento da via, sendo que a mesma, em alguns locais, sofreu um "verdadeiro estrangulamento", o que, para "uma estrada nacional como esta, que do nosso ponto de vista pode ser considerada uma via de importância estratégica e com um elevadíssimo número de veículos pesados de mercadorias e de passageiros diários em circulação, deveria ter um perfil transversal superior ao existente”, acrescentou. Das negociações mantidas ,houve de imediato um recuo dos lancis de passeio, aumentando o perfil transversal nas zonas mais estreitas da via em cerca de 20centímetros "mas o problema continua," e do ponto de vista da autarquia esta largura "continua a ser insuficiente, com todas as evidências a apontarem para uma largura mínima da faixa de rodagem de 6,50m, sendo que os valores ideais deveriam ser os 6,80m, que assegurariam, mesmo assim no limite, o cruzamento dos maiores pesados de mercadorias em circulação, espelhos retrovisores, incluídos." Rui Costa esclarece que o município “tem manifestado por diversas vias o seu descontentamento e o da população local, às Infraestruturas de Portugal, dona da obra, tendo sido a maioria das pretensões rebatidas com pareceres técnicos de especialistas que acrescentam muito pouco à resolução do problema que está lá e à vista de todos, ainda que tenham retrocedido e recuado um pouco nas suas pretensões iniciais”, esclarece. “Não nos sentindo satisfeitos com as respostas e atitudes, continuaremos a pugnar por uma alteração mais significativa do existente, até porque entendemos que num projeto desta dimensão poderá perder-se uma oportunidade única de se assistir a uma requalificação da Nacional 9 no troço urbano da Merceana que se aproximasse da perfeição, situação que está objetivamente comprometida, sem uma verdadeira razão compreensível e assente apenas em demasiada flexibilidade da legislação nacional em vigor há muitos anos e em que tudo, ou quase tudo, é permitido e aceitável, sem um fundamento e uma análise individual de cada situação específica”, conclui o vice-presidente. |
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