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A Câmara Municipal de Alenquer recebeu os moradores da Passinha tendo em conta a construção do armazém de logística da empresa Santos e Vale que motivou a contestação de alguns moradores daquela zona do concelho. Na reunião, agendada por iniciativa do município, foram apresentadas as propostas dos Planos de Zonamento Industrial e dos Corredores Viários da zona industrial do eixo Carregado-Alenquer, previstos no futuro Plano Diretor Municipal.
Numa zona estratégica junto ao maior nó rodoviário nacional, tem sido intensa a procura das empresas para se estabelecerem no local. A Câmara ressalva, em comunicado de imprensa, que tem sido preocupação deste executivo assegurar que e se crescimento se processa de uma forma ordenada e acompanhada de acessibilidades e de outras medidas passíveis de diminuir o impacte nas zonas urbanas envolventes. Em relação ao licenciamento do armazém logístico, foi referido que em 2016 foi feito um pedido de informação prévia (PIP) para construção de Fração A – Armazém de Distribuição e Fração B – Armazém de produtos secos, totalizando uma área de implantação de 15.000 m2 e uma área de construção de 15.800 m2, uma volumetria de 180.000 m3 e uma cércea de 12 metros. Tendo em conta as informações técnicas e o parecer favorável da CCDR-LVT de 12.01.2015, o gabinete do PDM propôs deferir o PIP por a implantação acontecer em terreno industrial. Em reunião de câmara, realizada a 21 de março de 2016, PS, PSD e CDU votaram, por unanimidade, deferir a pretensão com as condições fixadas e indicadas nas informações técnicas prestadas num eventual pedido de licenciamento. A Câmara deliberou também por unanimidade, em fase de licenciamento, a apresentação de um estudo de tráfego e acessibilidades que sustentasse o projeto de acessibilidades e que acautelasse alguns aspetos como o recuo suficiente do limite do prédio para criar condições de acessibilidade e mobilidade pedonal e algumas medidas que se julgassem necessárias para diminuir o impacto nas zonas urbanas envolventes. Do ponto de vista dos melhoramentos à rede viária existente foi solicitado o alargamento da faixa, para 7 metros, no troço de circulação bidirecional na Rua do Sol Nascente, entre o entroncamento desta e o acesso proposto ao empreendimento, assim como o aumento do raio de curvatura, para 10 metros, entre a Rua dos Bons Amigos e a Rua do Sol Nascente; a construção de uma rotunda galgável de quatro ramos com um DCI de 24m para substituição da atual interseção da Rua dos Bons Amigos com a Rua dos Casais Novos e na interseção da Rua dos Bons Amigos com a Estrada da Torre; e a reformulação da sinalização vertical e horizontal de toda a zona envolvente. Entre os munícipes presentes, Jorge Conceição, mostrou-se desfavorável ao alargamento da zona industrial previsto no novo PDM e contra a construção daquela unidade logística, referindo que ambos não dignificam o território. Colocou a tónica na defesa da qualidade de vida das populações e na defesa da construção de uma via alternativa, mas, ao contrário da proposta da Câmara, que contempla uma via mais afastada da povoação, o munícipe defende uma via próxima à localidade do Passinha, de maneira a salvaguardar as vinhas e o enquadramento paisagístico da Quinta da Telhada. A proposta defendida pelo munícipe Jorge Conceição assenta numa via paralela à Rua dos Bons Amigos, contígua ao edificado residencial do lado Este, que ligue as infraestruturas da empresa Santos e Vale - Logística Distribuição Transporte à rotunda que será construída na interseção da Rua dos Bons Amigos, com a Rua do Casal Machado e a Estrada do Banco de Portugal. O presidente do município reforçou o compromisso da Câmara Municipal na procura de soluções que possam mitigar os impactes das atividades empresariais naquela área, designadamente o estudo da alternativa do traçado viário apresentado pelo senhor Jorge Conceição. Em jeito de conclusão, ficou acordado que Pedro Folgado comunicará de imediato aos responsáveis da empresa Santos e Vale - Logística Distribuição Transporte de que a autarquia fará uma fiscalização ativa e permanente à atividade da empresa, naquilo que são as suas competências, no sentido de monitorizar se o fluxo de tráfego desta corresponderá futuramente ao estipulado em sede de licenciamento. |
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