Câmara de Alenquer recusa negócio de compra de quinta de antigo administrador do BES
Amílcar Morais Pires, antigo braço direito de Ricardo Salgado, acabou por vender imóvel de luxo, em Pereiro de Palhacana, a 878 mil euros, quando chegou a estar à venda a mais de 1 milhão de euros
|29 Jul 2022 12:47
Sílvia Agostinho A Câmara Municipal de Alenquer não mostrou interesse em adquirir em Pereiro de Palhacana a denominada Quinta do Boiro que fora arrestada a um antigo administrador do Banco Espírito Santo, Amílcar Morais Pires. A propriedade foi vendida por 878 mil euros, no passado mês de junho, muito abaixo do seu real valor pelo que o município foi questionado acerca da razão por não ter “aproveitado o negócio” uma vez que Pedro Folgado, presidente da Câmara, chegou a ser sondado “para quatro frações distintas da quinta e para as quais foram sugeridos quatro valores também eles distintos”.
O autarca adiantou, na última reunião de Câmara, que até poderia haver interesse, mas não o suficiente para dar o passo seguinte, “porque não deixava de ser um valor elevado, e não estava contemplado em nenhuma rubrica”. Tendo em conta o preço a que a quinta acabou por ser vendida face ao seu real valor, Folgado concretizou – “Lá por ser barata não temos de a comprar, porque a aquisição deste imóvel não seria importante para nós, mesmo que procedêssemos a uma alteração no orçamento dificilmente conseguiríamos adquirir a propriedade”. O presidente da Câmara deu a entender ainda que a autarquia não tem de ser chamada, neste tipo de casos, para exercer o direito geral de preferência, dado que a lei apenas o prevê para “imóveis classificados, áreas de reabilitação urbana, ou áreas protegidas” o que não era o caso. Esta propriedade era a antiga casa de férias de Amílcar Morais Pires, e foi adquirida em 2009 ao fundo ACIF por 3,2 milhões de euros. Segundo o Jornal de Negócios e com a acusação do Ministério Público no caso GES, o imóvel está arrestado à ordem do Tribunal Central de Instrução Criminal, desde 15 de maio de 2015, sendo que a receita reverterá a favor dos autos do caso GES. A propriedade acabou por ser adquirida por uma diretora do banco Goldman Sachs por 878,1 mil euros, depois de ter conhecido outros valores mais elevados nos últimos anos. |
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