Câmara de Arruda investe meio milhão de euros em saneamento básico em 2023
Obra na Bacia do Carrasqueiro vai avançar. Águas do Tejo Atlântico deve adjudicar concurso da ETAR de Arruda por cinco milhões de euros
|10 Dez 2022 11:03
Sílvia Agostinho A Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos pretende investir 500 mil euros em saneamento básico em 2023. A verba foi incluída no orçamento do próximo ano. Paulo Pinto, vereador com esta área no município, refere ainda que as obras da Águas do Tejo Atlântico na ETAR de Arruda dos Vinhos devem ser consignadas até final do ano, em virtude de o concurso ter conseguido atrair duas empresas interessadas, sendo que uma delas será escolhida, entretanto, para efetuar a empreitada. Já quanto ao aumento dos tarifários de água e saneamento, Paulo Pinto refere que sofrerão um aumento em virtude da taxa de inflação (que será de 4 por cento para 2023) a que se juntam mais três por cento no terceiro escalão para os consumidores domésticos, e os mesmos três por cento no segundo escalão para os empresariais e comércio.
O investimento em saneamento é assumido como “um grande desafio”, nomeadamente, na designada Bacia do Carrasqueiro, “que é uma das três grandes obras prevista para este mandato”. Em 2024 “avançaremos com a colocação dos esgotos na Carvalha, e em 2025 em A-do-Mourão”. Já quanto à rede de água assume a substituição de condutas em troços onde subsiste o fibrocimento ou o PVC “que mais parece folhas de papel vegetal”, “material que era usado há 30 anos quando começaram a surgir os primeiros poliméricos que apenas suportam seis quilos de pressão quando hoje temos tubagens que suportam 16 quilos”. Caminho do Casal do Doutor; Estrada do Outão; Caminho do Casal do Bispo são algumas das zonas identificadas tendo em vista essa substituição. O investimento na melhoria do sistema de abastecimento público de água deu os seus frutos com a atribuição, este ano, por parte da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) do “Selo de Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano”. “Isto é muito relevante e significa que as pessoas do nosso concelho podem beber água da torneira sem problemas”. O vereador relembra o percurso que o município efetuou de grande investimento na rede pública de abastecimento, em que conseguiu reduzir as perdas de água de 50 para 29 por cento desde 2017, “mas nos últimos dois meses, segundo os últimos dados, estamos mais próximos dos 25 do que dos 30 por cento, e se fizermos a comparação entre 2022 e o ano passado a variação é de 5,78 por cento”, dá conta. A aposta na telemetria e telegestão têm ajudado nesse desiderato, controlando tempos de rega em espaço público. O município levou também a efeito, nos últimos anos, “o cadastro da rede, a colocação de contadores em todos os pontos de consumo público de água, substituição de contadores ‘em número considerável’ nos domicílios dos clientes, mas também a substituição de condutas obsoletas, e investiu na reparação rápida de roturas”, acrescenta. Águas do Tejo Atlântico conseguiu parceiro para efetuar obra na ETAR de Arruda Depois de dois concursos lançados em que não apareceram concorrentes para a obra de reabilitação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Arruda dos Vinhos a cargo da Águas do Tejo Atlântico (AdTA), ao terceiro será mesmo de vez. Segundo Paulo Pinto “temos dois concorrentes com arcabouço neste setor”. O valor do concurso de 4,2 milhões de euros pode subir até 20 por cento acima desse montante, de acordo com o recente decreto-lei número 36 de 2022, “até porque as duas propostas situam-se já próximas dos cinco milhões”. “Se o concurso não produzir reclamações estou crente de que até final deste ano possamos consignar a obra, que deverá arrancar para o ano e demorará um ano e meio até ficar pronta”. Recorde-se que em causa, está o facto de a ETAR de Arruda não ter capacidade para tratar os efluentes de origem industrial, que seguem depois em direção ao Rio Tejo, com impacto na bacia hidrográfica e lençóis freáticos. A ETAR de Arruda dos Vinhos, que entrou em funcionamento em 2004 e cuja empresa responsável é a Águas do Tejo Atlântico, foi concebida para receber águas residuais domésticas, tratadas através do sistema de lamas ativadas com nível de tratamento secundário. No entanto, em 2014 terão sido efetuadas ligações à rede da zona Industrial das Corredouras que, até aí, descarregavam diretamente para a linha de água. O problema identificado nesse ano perspetiva um investimento numa “grande fábrica de água”, referia André Rijo, orçado em 2 milhões de euros, três concursos públicos e oito anos depois vai custar mais do dobro. |
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