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O município de Azambuja para além de continuar sem um canil municipal também não tinha aderido até há poucas semanas ao programa através do qual as autarquias podem beneficiar de apoio financeiro do Estado na comparticipação das esterilizações na ordem dos 15 mil euros.
Ao Valor Local, o vereador com o pelouro do ambiente, Silvino Lúcio, entende que “a Câmara não chega tarde à implementação deste programa”, dado que foi aprovada numa das últimas reuniões de Câmara a adesão ao Programa de Captura, Esterilização e Devolução de Gatos- CED. De acordo com o Movimento Campanha de Esterilização de Animais Abandonados ao Valor Local há uma situação de descontrolo populacional nas colónias de gatos do município particularmente grave em Virtudes, e na Urbanização da Socasa em Azambuja, e como tal torna-se imperativo que o município adira ao programa de apoio às esterilizações que está em causa. O movimento diz ainda que os gatos das colónias do concelho da Azambuja têm o direito, assegurado pela Lei 27/2016, de serem esterilizados e restituídos às suas colónias de origem “e não recolhidos por nenhuma instituição uma vez que são animais que não se adaptam à vida em clausura.” O canil de Azambuja, segundo a associação, que não tem o licenciamento autorizado pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) por não cumprir as disposições legais “também não encaminha os animais recolhidos no canil, cujo número se ignora, para adoção , pois não se encontra a divulgação na internet das suas fotos, características e horário para adoção”. “Aliás, a única informação sobre o canil, encontrada através do Google, é um número de telemóvel com a indicação ‘Recolha de Animais - Câmara Municipal de Azambuja’, continua a adiantar o movimento. O movimento acusa ainda a Câmara de não ter fornecido no primeiro mês do ano informação à DGAV sobre as movimentações no canil e as esterilizações realizadas pois no relatório elaborado por esta figura a referência "sem informação ". “Numa localidade com 22 mil habitantes e com muitas centenas, senão milhares de animais, com dono e sem dono não é aceitável esta omissão que põe em causa os esforços, públicos e privados, para resolver este grave problema da sobrepopulação de cães e gatos.”, consubstancia o movimento. O vereador Silvino Lúcio informa que durante este ano e tendo em conta que a Câmara só agora aderiu a este programa foram esterilizados 35 cães e 25 gatos (informação atual à data da saída da edição impressa do nosso jornal no final de agosto). O concelho de Azambuja é dos que na região não possui canil, e tem-se socorrido de algumas associações que recolhem cães e gatos. Neste momento, a Câmara tem apenas nove boxes, e tem andado ao sabor das promessas da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) para a construção de um canil intermunicipal. Já foi falada a hipótese de um canil nos terrenos da prisão de Alcoentre que segundo Silvino Lúcio continua de pé. O autarca refere que a opção por Alcoentre está em andamento dado que já houve conversas com a ministra da Justiça e está em fase de preparação um protocolo. “A obra vai ser lançada no ano que vem”, refere. O projeto inclui a construção de um edifício de raiz com capacidade para 70 cães e 50 gatos, beneficiando o município da mão-de-obra da população prisional no âmbito dos programas de ocupação e integração proporcionados pelo estabelecimento prisional em causa. Tudo o resto será a expensas da Câmara. A estrutura de custos está dependente de o edifício ser construído através de uma empreitada, ou mesmo com a própria mão-de-obra prisional, mas deverá rondar os 100 mil euros. |
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Bom dia, já perdi a conta ao número de vezes que contactei a Câmara, via telefone e email, para ajuda na esterilização dos gatos e rua aqui na vila, desde Dezembro de 2019. O que me é dito é que têm tudo tratado, só falta receber a verba do Estado. Ora a vossa notícia diz precisamente o contrário! Inclusive, já convidei as entidades responsáveis da Câmara a virem visitar a aldeia para se aperceberem da epidemia. Este ano as gatas já vão na 2a ninhada. Estiveram cá a 8 Setembro na campanha de vacinação anti-rabica dos cães. Não vi nenhuma viatura camarária deslocar-se pelas ruas, sequer para ter noção do problema. Coloco a questão: será que aderiram mesmo ao tal programa, ou é mais uma bez um atirar de areia para os olhos, como quando me respondem que está tudo tratado?!
Obrigada.
Tânia Pedroso
Vila Nova de São Pedro
18/09/2020 07:20
Obrigada.
Tânia Pedroso
Vila Nova de São Pedro
18/09/2020 07:20
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