Câmara de Azambuja arrasa CIMLT por falta de solidariedade na negociação dos passes sociaisExecutivo PS queixa-se de outros autarcas que fazem parte da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo
Sílvia Agostinho
28-03-2019 às 16:47 O município de Azambuja, que faz parte da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), está a sentir-se completamente desamparado face à falta de solidariedade por parte de alguns colegas das restantes 10 autarquias, no que se refere à questão da negociação da comparticipação dos passes sociais. Isto mesmo foi salientado pelos autarcas do executivo socialista na última reunião de Câmara.
Depois de gorada a possibilidade de o município ficar encaixado nesta matéria - com acesso direto aos passes a 40 euros - entre os municípios da Área Metropolitana de Lisboa, por já não fazer parte da mesma, e face à frustração no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, tendo em conta os resultados infrutíferos, neste momento, a autarquia de Azambuja já admite ir negociar diretamente com as empresas de transportes coletivos, com a CP à cabeça. Na última reunião de Câmara, a CIMLT foi acusada pelo executivo PS de pouco ou nada se ter mexido a favor dos concelhos que absorvem fluxos importantes de passageiros, como é o caso de Azambuja no transporte ferroviário, mas também do de Benavente no rodoviário. O vereador Silvino Lúcio até confidenciou que autarcas houve dos outros 10 municípios que, numa reunião, argumentaram - "Isso é que era bom: gastar dinheiro para outros andarem a passear de transportes públicos". Uma das exceções, confidenciou, foi "o senhor presidente da Câmara de Santarém, que até é do PSD", que, de acordo com Silvino, "mostrou solidariedade para com o município de Azambuja e até estava disponível para entrar com uma verba de 100 ou 200 mil euros". O vereador socialista António José Matos, enfatizou também a dificuldade nas negociações -"Somos 1/11 avos na CIMLT, e como sabemos a Comunidade não está a tratar deste tema como um todo". Por isso salientou - "Temos de bater o pé na CIMLT". A Câmara de Azambuja já pensa neste momento em suportar o valor de 1000 passes por mês, de per si, com negociação direta com a CP face à avalanche de críticas por o município ter ficado de fora da entrada em vigor da medida do Governo que estabelece os 40 euros mensais para o passe social, e quando não conseguiu ter voz nem na AML com negociação direta com a Câmara de Lisboa que presidente àquela estrutura, nem com a CIMLT, nesta altura. Os números de passageiros contabilizados no seio da CIMLT rondam os 14 mil 894, contudo em Azambuja esse número é de 10 mil, pelo que no entender da Câmara, a verba a distribuir por todos os concelhos, no âmbito do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), de 1 milhão 68 mil euros será manifestamente curta para esta medida, pelo menos no que a Azambuja diz respeito. A Comunidade Intermunicipal já divulgou, entretanto, um comunicado a referir que só vai aplicar a redução de tarifário nos transportes públicos a partir de maio, tendo em conta que surgiram "à última da hora", dados diferentes, "o que obriga a refazer todos os cálculos". Numa entrevista à agência Lusa, a comunidade fala agora em 80 mil assinaturas.
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