Valor Local
  • OUVIR RÁDIO
  • EDIÇÃO IMPRESSA
  • ESTATUTO
  • CONTATOS
    • FICHA TECNICA
    • ONDE ESTAMOS
  • PUBLICIDADE
  • VALOR LOCAL TV
  • PODCASTS


Câmara de Azambuja faz compasso de espera no projeto dos painéis solares

Em jogo estão também as compensações: Já se fala em 100 mil euros para as IPSS e numa poupança na de 48 por cento na conta da luz para os cofres municipais
Sílvia Agostinho
07-10-2020 às 10:45
Imagem

PUB
Imagem

Era para ter sido votada na última assembleia municipal de Azambuja, no final do mês de setembro, a proposta que visa a instalação de duas mega centrais de painéis fotovoltaicos em Vila Nova da Rainha e na Quinta da Torre Bela, mas tal acabou por não acontecer. Luís de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Azambuja, explicou em reunião do executivo, esta terça-feira, que decidiu fazer para já um compasso de espera na aprovação dos projetos tendo em conta algumas dúvidas suscitadas por eleitos, inclusive da maioria socialista, que fazem parte do órgão deliberativo, e pelo presidente da comissão de ambiente, o deputado do PSD, António Jorge Lopes, no sentido de existir mais informação.

Conforme o Valor Local deu conta estamos a falar no caso do projeto de Vila Nova da Rainha de um investimento da Iberdrola Renewables Portugal SA avaliado em 40 milhões de euros, a construir em 200 hectares de terreno. Pretende vir a dar emprego a 260 pessoas na sua fase de construção. No local junto à A1 estão previstos 152 mil 440 painéis solares. Já em Alcoentre/Manique do Intendente, na Torre Bela, o projeto é de envergadura mundial, proposta das empresas CSRTB e da Aura Power Rio Maior previsto para uma área de 775 hectares, num investimento de 170 milhões de euros com a criação de 1000 postos de trabalho na fase de construção e 10 postos permanentes após esta fase.

"Surgiram dúvidas da minha parte e como a prudência não fica mal a ninguém estou a reunir documentação para apresentar na próxima reunião de Câmara", referiu Luís de Sousa. O vereador do PSD, Rui Corça, questionou acerca do valor económico que o projeto pode trazer ao município em termos de receitas municipais e outras eventuais contrapartidas para o concelho. 


Luís de Sousa adiantou que estão previstas reuniões com as empresas onde também deverão estar deputados municipais para que se tirem as dúvidas. O autarca está confiante nas mais valias da instalação das duas centrais de painéis solares, e confessou que o que está em cima da mesa a nível de compensações é interessante, citando a título de exemplo algumas ideias que já foram lançadas por ambas as empresas como 100 mil euros para as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), fornecimento de energia elétrica aos edifícios municipais com possibilidade de poupança na ordem dos 48 por cento, entre outras. Corça criticou o espírito do executivo socialistas que nesta negociação está à espera de ser "confortado com uns favores" em contraponto com o que deveria ser uma atitude de "protagonismo e de dianteira neste processo".  O vereador do Ambiente, Silvino Lúcio, aconselhou o vereador laranja a consultar a lei porque "como deveria saber a Câmara não pode pedir contrapartidas, têm de ser eles a apresentar os possíveis benefícios".

Já o vereador da CDU, David Mendes, que esteve ausente das lides autárquicas desde os primeiros meses do ano, e que julgava que a proposta tinha obtido o voto a favor, na anterior reunião de Câmara, por parte da vereadora Mara Oliveira que o substituiu, considerou o projeto como importante e como tal pode ser alvo de uma revisão da posição da CDU. Mas para isso, adiantou, a Câmara deverá estudar melhor, no seu entender, os impactes ambientais e ecológicos das duas centrais, nomeadamente, os prejuízos que podem causar na agricultura, nas massas de água do Tejo entre outros fatores ambientais, se possível com consulta a especialistas daquelas áreas. Para o autarca também é importante que exista nem que seja uma estimativa, para já, das mais valias financeiras dos projetos para o concelho. 

Imagem
Imagem
LEIA AQUI

Imagem




​Deixe a sua opinião sobre este artigo!

Carlos,
Concordo inteiramente consigo, há 10 anos decidi deixar Lisboa e vir viver para o campo (Azambuja). Estou tão arrependida. Tenho uma casa com 1 hectare de terreno, onde tive a preocupação de plantar uma diversidade de arvores em redor da casa. Este verão fui surpreendida por um indivíduo que vinha da parte da REN que me informou que o meu terreno ia ser atravessado por postes de muita alta tensão, para transportar a energia da Torre Bela para Vila Nova da Rainha e que eles terão de arrancar 25m de arvores de cada lado da linha.
Ora, para além dos impatos negativos ao nível do ambiente, temos os impactos ao nível da saúde, está provado que o risco de cancro cresce conforme a potência do campo electromagnético da passagem das linhas de alta tensão. Por exemplo, as crianças que vivem a menos de 100 metros de uma linha de alta tensão manifestam uma taxa de leucemia 2,7 vezes maior que a generalidade das crianças, havendo muitos estudos positivos que permitem apontar para um maior risco de tumores cerebrais como consequência de exposições aos GEM gerados pelas linhas de alta tensão.
Este tipo de projectos deverão ser feitos em zonas desertas e bastantes longe das populações. Parece que agora todas as pessoas que ficarem no caminho das auto-estradas de energia solar vão sofrer e bem as consequências. Parece que já há mais um projecto para as Virtudes,
É imperativo juntarmo-nos agora antes que seja tarde de mais.
Constança Camões
Azambuja
20/11/2020 16:49

Chamo a atenção para o facto de que todos os munícipes deveriam ser chamados a dar o seu parecer sobre este assunto tão importante, porque não existe só IPSS, nem Camara Municipal de Azambuja (48%), existe sim todos os habitantes do concelho que vão ficar sujeitos a exposição destes parques de painéis fotovoltaicos.
Vamos lá exigir que seja apresentado o relatório de impacto Ambiental credível.
Contrapartidas para todos os Munícipes.
E não nos vamos esquecer do aterro sanitário TRIAZA, como todos nós sabemos, foi um problema que veio para o Municipio de Azambuja, embora prejudicando os munícipes que se encontram mais perto do mesmo, no entanto não é por isso que eu fico fora do problema, também sou Munícipe de Azambuja.
Esqueçamos a cor política, sejamos um conjunto de defensores da nossa qualidade de vida e dos nossos filhos.
Carlos Fonte
Tagarro
09/10/2020 23:10

    Comentários

Enviar
Nota: O Valor Local não guarda nem cede a terceiros os dados constantes no formulário. Os mesmos são exibidos na respetiva página. Caso não aceite esta premissa contacte-nos para redacao@valorlocal.pt

Leia também 

Picture

Os Lesados do Aterro

Estrutura da SUMA em Azambuja incomoda a população que se queixa dos maus cheiros. Empresa dá pouca ou nenhuma informação e refugia-se num dia de portas abertas que promoveu há mais de ano e meio
Picture

Estará a Tauromaquia em vias de extinção?

Falámos com personalidades e entidades de vários setores, a maioria aficionados, que se manifestam o seu apoio e a defesa intransigente dos espetáculos taurinos
Picture

Combate às alterações climáticas - O que já estamos a fazer na região

A realidade das alterações climáticas ainda parece para muitos um chavão pouco nítido. O fenómeno que já se encontra estudado reflete-se a diversos níveis, e incide sobre a vida humana e as diferentes atividades
Vertical Divider
Notícias Mais Populares

Presidente da junta de Aveiras defende mudança das esculturas do Largo da República para a zona do novo cinema 
​

Clientes da Águas de Alenquer, e de Azambuja estão muito satisfeitos com o serviço durante a pandemia

Azambuja vai ter o primeiro laboratório do rio no sul do país

Opinião António Jorge Lopes: "Negociatas de Verão"

Paúl de Manique já é ponto obrigatório na rota dos fotógrafos de libelinhas e não só

Jornal Valor Local @ 2013


Telefone:

263048895

Email

valorlocal@valorlocal.pt
  • OUVIR RÁDIO
  • EDIÇÃO IMPRESSA
  • ESTATUTO
  • CONTATOS
    • FICHA TECNICA
    • ONDE ESTAMOS
  • PUBLICIDADE
  • VALOR LOCAL TV
  • PODCASTS