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Câmara de Azambuja muda outra vez de opinião sobre o canil no espaço de um anoAutarquia volta à ideia de um centro de recolha intermunicipal
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Sílvia Agostinho
16-09-2019 às 14:11 |
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O município de Azambuja tem mudado sucessivamente de opinião quanto à necessidade de um canil municipal. Se no final do ano passado, em outubro, o vereador Silvino Lúcio afirmava que a solução seria o canil intermunicipal há muito anunciado pela Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), e que não havia possibilidade de construir um canil face aos custos. Passados dois meses, o mesmo autarca anunciava que a Câmara estaria na disposição de recuperar o projeto de um canil municipal desta feita na cadeia de Alcoentre. Encetaram-se conversações com o estabelecimento prisional, e com a Direção-Geral dos Serviços Prisionais. Até existia uma estimativa de custos a rondarem os 100 mil euros. Silvino Lúcio afirmava, ao Valor Local, que a Câmara cansara-se de esperar pela CIMLT. Mais recentemente o caso conheceu nova reviravolta, e nesta altura a autarquia deixou cair o projeto de Alcoentre e afirma-se novamente esperançada na CIMLT porque o presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Ribeiro, referiu que estava na disponibilidade de articular no sentido da cedência dos terrenos do antigo Instituto da Vinha e do Vinho em Pontével. Silvino Lúcio refere, ao nosso jornal, que este assunto foi levado a uma das reuniões da comunidade, “onde esteve presente o senhor presidente da Câmara, Luís de Sousa, que transmitiu-me essa possibilidade de finalmente o canil ir para a frente no seio da CIMLT”. O município de Azambuja, recorde-se, possui apenas um posto avançado de recolha com capacidade para 15 cães. A nova lei que proíbe o abate vem adensar ainda mais esta realidade no município de Azambuja. O município que já estabelecera um protocolo com a Associação Abrigo de 2000 mil euros por mês, destinados às despesas inerentes daquela entidade com cuidados alimentares e de saúde aos animais, na ausência de um canil no concelho, acaba de assinar um protocolo semelhante para 750 euros por mês para a Associação de Proteção aos Animais e Ambiente com sede em Aveiras de Baixo. |
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No entender da oposição, estes valores vão muito além das verbas encaminhadas, por exemplo, para as IPPSS do concelho. Rui Corça, do PSD, salientou isto mesmo em reunião de Câmara e refletiu sobre a necessidade dos custos com as duas associações serem devidamente escalpelizados pelo município. Depois de uma visita do executivo a um desses canis, considerou que Azambuja enfrenta neste domínio uma situação delicada, nomeadamente, porque o canil da Abrigo já não tem capacidade de acolher mais animais abandonados.
Com a nova lei, a situação tende a complicar-se. Silvino Lúcio refere que “espera que, nesta altura, exista de novo uma nova forma de olhar para este assunto na Comunidade Intermunicipal”, e refere que vai colocar de novo o assunto em cima da mesa em nova reunião, tendo em conta o historial deste assunto. Chegou-se a falar em diversas localizações ao longo dos anos desde Santarém a Chamusca. Sendo que nesta altura, a opção recai sobre o concelho vizinho do Cartaxo, na freguesia de Pontével. |
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