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Câmara de Azambuja quer incluir Paúl de Manique como área protegida nacional

São mais de 180 espécies para descobrir neste local 
Sílvia Carvalho d'Almeida
06-11-2020 às 17h18
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Para os amantes da natureza há um novo local a conhecer. O “Paúl Natura”, situado em Manique do Intendente, no concelho da Azambuja, é uma área de cerca de 18 hectares rico em biodiversidade: em flora e em fauna, nomeadamente, avifauna. São mais de 180 espécies e o seu habitat que importa salvaguardar. A Universidade Lusófona em parceria com a Câmara Municipal da Azambuja criaram o projeto “Paúl Natura- conhecer para proteger”. Face ao que já foi conseguido no espaço, segue-se o sonho da sua classificação como parte da rede de áreas protegidas do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.

Os terrenos foram comprados pela autarquia, e esta tem “feito um esforço na promoção do espaço”, no qual podem ser encontradas cinco espécies "simplesmente únicas" como "o cágado-de-carapaça-estriada, o caimão-comum, a lontra, a cegonha-preta e o junco”, foi referido numa sessão de apresentação promovida pelo município in loco.

A Câmara apostou ainda na construção duma infraestrutura que permite a observação do espaço, e que foi inaugurada no passado dia 30. Presentes, entre outros, os parceiros neste projeto -  Anabela Cruces e Cristina Guerra, coordenadora do projeto e diretora da Faculdade de Engenharia respetivamente, ambas professoras da Universidade Lusófona, mas também Sílvia da Purificação, diretora do agrupamento de escolas do Alto de Azambuja, e José Ramalho, professor de ciências da escola EBI de Manique e percursor do projeto.

Segundo Anabela Cruces, este projeto terá “quatro etapas”.
A primeira consistirá em “sessões que visam uma aproximação à comunidade, de participação pública, onde se pretende ouvir os diferentes contributos dos cidadãos e das entidades que têm alguma responsabilidade relativamente a este espaço- a autarquia, a protecão civil, os bombeiros" no que respeita às suas expectativas.

Na segunda etapa teremos eventos de formação e capacitação de vários públicos-alvo com o intuito de  "divulgar esta iniciativa”, sendo que esta será a terceira fase. Para tal, existem ferramentas que poderão ajudar, “tais como as redes sociais, página web, vídeos, atividades com a comunidade escolar". No fundo uma série de estratégias que pretendem colocar, pelas melhores razões, o Paúl de Manique no mapa do que é o património natural de Portugal.

​"O objectivo final é cuidarmos deste espaço, bem como a sua classificação e integração na rede das áreas protegidas do ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas)". A última etapa passa por "perpetuarmos e replicarmos os valores deste projeto”.  Luís de Sousa, presidente da Câmara de Azambuja, não esconde a ambição de levar mais longe o paúl com uma candidatura a área protegida: “Têm sido feitas várias reuniões  com esse propósito, no entanto ainda nada está definido”.

Ao nível da geodiversidade o projeto terá iniciativas que se focam “nesse bem geológico tão escasso como é a água, mas também nos solos, na paisagem e na ação humana no território”, referiram os académicos presentes.

Quanto à biodiversidade, Paulo Rocha, um fotógrafo e birdwatcher que se apaixonou pelo espaço, explica: “Há aves residentes em grande número, mas também migradoras, hibernantes ou estivais, que vêm fazer a nidificação e passar o inverno ou verão, respetivamente". Isto está relacionado com o facto de virem de norte ou de sul. O paúl está estrategicamente colocado entre o Tejo e a Costa. Das 263 espécie registadas como sobrevoando em Portugal, existem cerca de 138 espécies no paúl.

"Por exemplo, a cegonha preta, que por norma não passa do Tejo para norte foi encontrada com uma cria, e ao fim de um ano ainda continuo a avistar espécies”, deu conta. Grande entusiasta do espaço, José Ramalho professor de ciências da EBI de Manique, conta ao Valor Local que quando veio trabalhar para a escola, percebeu que “havia um espaço onde podia ler e estar sossegado, que não só era bonito mas tinha imensas espécies".

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