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Polémica: Câmara de Benavente vai monitorizar diariamente o açude no Sorraia 

Polémica instalada após obra da Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira destinada a retirar salinidade ao curso de água


Sílvia Agostinho
18-07-2019 às 13:13


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Imagem do rio Sorraia na baixa mar, com menor caudal do rio, e onde não se detetam peixes mortos segundo o município


A Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira está debaixo de fogo por parte de associações ambientalistas e do partido PAN- Pessoas-Animais-Natureza que já questionou o Governo devido à construção de um açude em terra no rio Sorraia, a cerca de um quilómetro e meio a montante da Ponte do Porto Alto. Algo que tem conduzido no entender deste partido a uma situação de elevada mortandade de peixes. Ao que tudo indica a operação foi autorizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), e aconteceu em outros anos. A Câmara Municipal de Benavente já emitiu um comunicado em que garante não ter sido consultada pela APA, mas que devido à intensidade que este debate está a provocar vai monitorizar até 30 de agosto, altura em que o açude deve ser desmontado segundo a APA, a situação. “Caso se verifiquem indícios de morte de peixes ou de outras espécies da fauna e da flora ribeirinha, a Câmara exigirá, de imediato, à APA que ordene a remoção do açude do rio.”

Após tomada de conhecimento da construção do açude no rio Sorraia, a Câmara diz que solicitou os devidos esclarecimentos à APA, entidade licenciadora que respondeu, informando que, “em função das condições climatéricas que se têm registado e a consequente escassez de água”, bem como pelo facto de as águas do rio Tejo, “na captação do Conchoso apresentarem um elevado nível de salinidade, e tendo em vista assegurar o sistema de irrigação dos campos agrícolas (em risco de perda total das culturas), solicitou-se o licenciamento da construção do açude no Rio Sorraia no local em causa, significando uma solução não definitiva, a ser levantada a curto prazo (final do mês de agosto)”. Mais, informou a APA que o licenciamento não teve como suporte qualquer estudo técnico, mas que se fundou nas experiências ocorridas em 2005 e 2012, sem que, então, se tivessem registado impactos ambientais relevantes.

A autarquia  informa ainda que desde a tomada de conhecimento da situação concreta, de imediato, iniciou, através dos serviços técnicos municipais, e em conjunto com as pessoas que estão diariamente junto ao rio, nomeadamente os pescadores da comunidade piscatória do Porto Alto e os agricultores beneficiários, a monitorização  permanentemente do rio Sorraia, não tendo, até ao momento, sido constatada qualquer mortandade de peixes.

Esta é a terceira vez que o rio Sorraia é cortado nestas condições, com uma intervenção temporária, mas interferindo com a natureza do rio. Tendo em conta o agravamento das condições climáticas que, no futuro, potenciará períodos de seca, a autarquia diz ainda que vai solicitar à APA e ao Ministério do Ambiente “que sejam efetuados os necessários estudos sobre os impactos ambientais provocados por este tipo de intervenção no rio Sorraia, manifestando a urgência de se encontrar uma solução de futuro que não implique cortar o rio.”
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Recorde-se que O PAN alega que a intervenção, desde já, provocou alterações ao caudal hidrológico do rio, tendo causado “a morte de vários peixes de diferentes espécies e podendo vir a ter efeitos catastróficos na biodiversidade do rio e da Reserva Natural do Estuário do Tejo.”. No pedido de esclarecimentos ao Ministério do Ambiente, o PAN pergunta pela licença tendo em vista a execução da intervenção, e se se considera justificável cortar o ciclo hidrológico do curso de água para favorecer uma atividade económica privada. O nosso jornal contactou a Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira para prestar esclarecimentos mas não foi possível.  Contudo é sabido que a associação alega ser este o único meio que tem ao seu dispor para salvar cerca de 10 mil hectares de culturas, enquanto não entrar em funcionamento a barragem do Alvito que proporcione a regulação dos caudais do Tejo.
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O PAN apresentou ainda um requerimento ao mesmo ministério para que remova com carácter de urgência a interrupção do rio Sorraia e restabeleça as condições naturais do ecossistema.


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