Cada vez mais tensa a relação entre a Junta de Azambuja e a Câmara
Questão da limpeza urbana no pós Feira de Maio deu o mote para a troca de argumentos
Sílvia Agostinho
16-07-2016 às 17:38 Depois da polémica gerada em torno da responsabilidade e participação das duas autarquias na limpeza das ruas após a Feira de Maio, a presidente da junta, Inês Louro, na última assembleia municipal, decorrida no dia 14, deixou bem expresso o seu descontentamento quanto à forma como o presidente da Câmara, Luís de Sousa tem lidado com esta matéria no decurso das reuniões públicas. "Estou aqui e quero estar olhos nos olhos com a pessoa a quem vou colocar algumas questões"; começou por anunciar, acrescentando - "Não sou o bobo da festa de ninguém", numa forma de mostrar o desagrado com o estado de coisas.
A presidente da junta fez desfilar um vasto conjunto de queixas e de situações que estão a correr menos bem na área da freguesia de Azambuja, cuja responsabilidade no seu entender não lhe pertence a si em exclusivo, mas também à Câmara como o caso de vandalismo na Quinta da Mina; a questão do protocolo para os campos de ténis; a entrega do mercado municipal, ou a falta de saneamento básico em duas artérias da freguesia. Mas o foco foi especialmente virado para os dois funcionários que a Câmara deveria ter cedido à junta ao abrigo do protocolo de transferência de competências, o qual não foi cumprido até à data, e que no entender de Inês Louro têm comprometido o setor da limpeza urbana, que teve o seu corolário com a polémica da limpeza do pós Feira de Maio. Incomodado com o tom da colega de partido, e a exposição das situações de forma tão pública, nomeadamente, a questão das limpezas, Luís de Sousa não se coibiu em ressaltar - "Nem queira que eu levante aqui o que ouço dizer de si pelo povo de Azambuja",e continuou: "Não vou dar resposta à senhora presidente porque se o fizesse tinha de ir muito mais atrás. Sabe perfeitamente o porquê destas situações. Nunca levantou estas questões quando esteve no meu gabinete". Depois fez questão de lembrar que Inês Louro chegou a sugerir o cunhado desta para a função de assistente operacional na área da limpeza - "Mas ainda bem que isso não aconteceu para não ser criticada pela relação de parentesco". Dando razão à deputada neste dossier dos funcionários em falta, anuiu que a junta não deixa de ter razão em os exigir, e até na questão de pedir os atualmente 40 mil euros que Inês Louro julga que lhe são devidos correspondentes a ano e meio de vencimentos (com base no salário mínimo), subsídios, e outras regalias dos dois trabalhadores que nunca chegaram à junta. Visivelmente agastado pelo episódio Luís de Sousa não resistiu no final a declarar: "Não vou responder à senhora deputada porque tenho coisas mais importantes. É tempo que se perde. Há coisas mais importantes para se tratar". Notícias Relacionadas Feira de Maio: Câmara e Junta de Azambuja não se entenderam para a limpeza final das ruas
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