Os Bombeiros Voluntários de Azambuja vão voltar este ano a realizar uma campanha de recolha de fundos. Esta é a terceira vez que os soldados da paz levam a cabo esta iniciativa, sendo que os resultados, segundo o presidente da direção, André Salema, têm sido muito positivos.
Em declarações ao Valor Local, o responsável refere que a recetividade da população faz-se sentir, embora seja difícil avaliar o nível de solidariedade. André Salema refere ainda que que embora um dos 13 mealheiros colocados nos vários pontos de recolha, no ano passado, tenha sido furtado, ainda se conseguiu recolher 516,37 euros. Todavia e segundo o responsável, no ano de 2012 e apenas com 8 mealheiros, em vez dos 13 do ano passado, as verbas recolhidas foram de 826,55 euros, as quais foram aplicadas na aquisição de uma nova ambulância de socorro.
Ainda assim, André Salema salienta que os cidadãos são solidários, mesmo com as dificuldades dos dias que correm, e por isso destaca: “Queremos acreditar que cada um contribuiu com o que lhe foi possível, numa época crucial para as famílias em que os rendimentos são cada vez menores”. Sendo esta uma área importante no financiamento da corporação, o presidente salienta a necessidade “em se continuar a expandir estas campanhas, que embora se tratando de um projeto piloto, contará com uma maior divulgação por parte da comunicação social, nomeadamente, o Valor Local, e com mais disponibilização de pontos de recolha”.
Por outro lado, o presidente da instituição salienta que população, embora solidária, não demonstra preocupação acerca das necessidades da associação. André Salema destaca mesmo que “as populações, em termos gerais, não demonstram interesse em informar-se sobre as dificuldades ou necessidades deste tipo de instituições, desde que a ajuda apareça quando necessário”. O responsável salienta que isso é sobretudo visível “na falta de assiduidade dos próprios sócios nas assembleias gerais”.
Quando questionado sobre a prenda que gostaria de receber este Natal, o presidente da associação destaca a “aquisição de equipamento de proteção individual, principalmente no que diz respeito a incêndios urbanos/industriais”. Durante o ano, os bombeiros viram crescer a família com mais “dez estagiários e dezoito cadetes/infantes”, lembrando por isso que “se considerarmos que para equipar futuramente cada um destes elementos é necessário um investimento de cerca de dois mil euros, facilmente se concluirá que se trata de um grande esforço financeiro para esta instituição”.
Posto isto é fácil verificar um crescendo de novos bombeiros. O presidente da associação diz que a fórmula para atrair mais pessoas passa pelas iniciativas e ações “disciplinadas e motivadoras” que vão alimentando “a adrenalina que a internet e o sofá não lhes proporciona”.
Por estes motivos, André Salema conclui que “contrariamente ao que muitos advogam, os jovens estão cada vez mais sensíveis às questões sociais” e explica que se assim não fosse “não teríamos dezoito elementos, mais três dos que o alinhamento previa, a frequentar um curso de formação de cadetes/infantes, com idades entre os oito e os 16 anos”. Sendo que já existe uma lista de mais de cinco jovens a aguardar acesso a uma nova formação e vinte bombeiros formados em cerca de um ano e meio com idades compreendidas entre os dezoito e os trinta anos.
Miguel A. Rodrigues
29-11-2014
Comentários
Ainda não há novidades ...