Caos na Passinha pode obrigar Santos e Vale a financiar a resolução do problema
Dezenas de camiões por dia tiram sossego à população
|22 Ago 2021 10:43
Sílvia Agostinho Tem crescido a contestação ao caos que se está a verificar com o atravessamento de camiões em grande fluxo na Rua dos Bons Amigos, na localidade da Passinha, na freguesia de Alenquer. O destino desses veículos é a empresa Santos e Vale que se instalou paredes meias com a localidade. Já era previsível que esta situação poderia acontecer, mas nesta altura os moradores queixam-se de que até altas horas da noite passam camiões ao pé das suas portas impedindo o normal descanso. A Câmara de Alenquer está a estudar soluções e deixa no ar que o que quer se venha a decidir pode não ficar apenas a expensas do município.
Em declarações ao Valor Local, Pedro Folgado, presidente da Câmara de Alenquer dá conta que os serviços estão contabilizar o número de veículos pesados que passam naquela rua estreita com destino à empresa. Em comunicado, a autarquia informou que não dispõe de mecanismos legais que impeçam a construção de empresas em zonas industriais quando acautelam o respetivo licenciamento como foi o caso, através de um Pedido de Informação Prévio (PIP) em 2016. Foi acordado que teria de existir um estudo de tráfego e acessibilidades, melhoramentos da rede viária, construção de uma rotunda galgável e sinalização vertical e horizontal da envolvente. O autarca diz ao nosso jornal que para melhorar o estado de coisas a Câmara está a negociar com os proprietários da Quinta da Telhada de maneira a acordar os termos que possam permitir a construção de uma via alternativa afastada do núcleo urbano. Numa publicação no Facebook, o deputado do CDS-PP, Galvão Teles, fala em 200 veículos por dia, um número que nada tem a ver com os inicialmente falados, cerca de 20. O autarca apela ainda à proibição de circulação noturna no local. Pedro Folgado diz que vai ter de existir uma conversa com a empresa para se aferir depois da contabilização oficial, sobre quais as medidas que “eles estão a pensar em implementar para minimizar esta situação”, porque “foi com base na estimativa inicial que licenciámos”. Com a aquisição do terreno em perspetiva, a resolução do problema do intenso tráfego no interior da pequena localidade ainda vai demorar a ser resolvido, pois implica a expropriação de uma vinha. Quanto às obras que possam vir a ser desenvolvidas por conta deste problema “vamos ver quem as vai pagar”, diz Folgado. À partida esta zona da Passinha, Obras Novas, e Casais Novos, será classificada como industrial no novo PDM. “Preciso de saber várias questões neste momento: quantos pesados ali passam, se o proprietário faz uma cedência do terreno ou se quer um valor, e a empresa tem de ser envolvida nesse processo. No fundo: saber se vamos financiar sozinhos ou se a empresa também tem de cooperar”, visto ser a única até à data naquela localização. Deixe a sua Opinião sobre este Artigo
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