Carlos Coutinho ainda à espera de decisão do Conselho de Ministros sobre o PDM e o novo aeroporto
O presidente da Câmara de Benavente elucida que não sente nenhum alívio se finalmente o Estado libertar o município dos constrangimentos que enfrenta
Sílvia Agostinho
22-02-2016 às 20:59 O Governo de António Costa quer reforçar a posição do Montijo como alternativa à Portela, à semelhança do que já vinha a ser defendido pelo Governo anterior. A solução para a construção de uma nova infraestrutura tal como anunciado em 2009, para o campo de Tiro de Alcochete, concelho de Benavente, já se sabe que vai ficar adiada sine die.
O presidente do município de Benavente, Carlos Coutinho, refere ao Valor Local que este tema lhe traz alguma preocupação porquanto a execução do PDM está dependente do dossier do aeroporto e aguarda pela marcação de uma reunião com o Governo de modo a planear o futuro do concelho nesta matéria. “O anterior Governo disse-nos que mediante a conclusão do processo do Montijo, tão rápido quanto possível haveria de se pronunciar sobre a retificação do Plano Diretor Municipal do concelho de Benavente, mas continuamos a aguardar”. Neste momento, a autarquia está em contacto com a secretaria de Estado do Ordenamento do Território com vista a uma reunião com o ministro dos Transportes para a revisão do PDM em Conselho de Ministros. O aeroporto de Lisboa atingiu no ano passado 20,1 milhões de passageiros transportados. Este crescimento faz crer que em 2016 a Portela poderá ultrapassar a meta dos 22 milhões, tida como referência para a construção de um novo aeroporto. A curto prazo, o Montijo está a ser equacionado, mas Carlos Coutinho não acredita que a mesma possa ser tida em conta quando se fala no longo prazo. O presidente da Câmara elucida que não sente nenhum alívio se finalmente o Estado libertar o município dos constrangimentos que enfrenta, pois apesar de tudo Benavente sempre se mostrou favorável à infraestrutura aeronáutica. “Tudo o que se possa fazer neste momento no Montijo será transitório. Não é uma solução possível dentro de décadas”, refere o presidente da Câmara perante o facto de alguma imprensa nacional ter vindo a adiantar que a vida da Portela pode ser prolongada por mais 30 anos. O autarca lembra ainda que as posições adotadas por ambos os Governos vão na linha do que a Câmara sempre defendeu – “Não incluir a infraestrutura em PDM, face a possíveis indemnizações aos proprietários”. Isto apesar das providências cautelares da Quercus, e do próprio parecer da CCDR-LVT que levanta várias dúvidas quanto à não inclusão do equipamento no PDM. Desde junho que foi aprovado na Assembleia Municipal, o processo de revisão, enviado para a CCDR, aguardando desde então uma resolução do Conselho de Ministros. A solução do Montijo poderá servir como aeroporto complementar para albergar companhias aéreas de baixo custo. Isto permitiria libertar o aeroporto principal tanto a nível de parqueamento de aeronaves como de movimentos diários. Mas, por si só, é uma solução insuficiente.
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