Carne de coelho é a nova atração gastronómica de Vila Franca
Depois do sável, município aposta em novos produtos gastronómicos a par do vinho Encostas de Xira
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| 04 Jan 2021 14:25
Miguel António Rodrigues O coelho vai estar à mesa dos restaurantes do concelho de Vila Franca de Xira em novembro de 2021. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira através do pelouro do Turismo está a ultimar esta campanha que será integrada no projeto “Sabores do Campo à Mesa”. A informação foi confirmada pelo vereador da área do Turismo, António Félix, em entrevista à Rádio Valor Local.
O autarca salienta que “Azambuja registou a marca do Torricado”, e por isso Vila Franca de Xira teve de encontrar outras soluções para as campanhas gastronómicas locais. Caçador e apreciador de coelho, António Félix, vincou que esta é uma tradição de algumas zonas do município, nomeadamente, de Calhandriz. Tal veio trazer para a luz do dia a possibilidade de se apostar em força nesta iguaria que, pode, segundo o Chef Luís Machado, ser confecionada de várias formas: “estufada, grelhada e até em torricado”. Este é um prato importante na cozinha tradicional portuguesa, e os responsáveis do município de Vila Franca de Xira dizem não terem dúvidas quanto ao seu sucesso. O vereador salienta que a autarquia já tinha um prato de peixe, o sável, e agora quer juntar a carne com o coelho. À Rádio Valor Local, sustenta que este projeto está bem cimentado e que a ideia foi ligar também os vinhos do município à gastronomia local. “Ter um prato de peixe ligado ao vinho branco e um prato de carne ligado ao vinho tinto, isto não nasce por acaso”, reforça o vereador que realça que “não existe em parte nenhuma do país o mês do coelho”. A pandemia tem vindo a atrasar os projetos do município em várias áreas, e a promoção da gastronomia local também não foge à crise. A autarquia tem vindo a colocar nas suas plataformas alguns vídeos com receitas elaboradas por dois chefes de renome. O Chef Luís Machado e o Chef José Maria Lino que aos poucos vão ensinado em vídeo alguns truques para a confeção das receitas mais tradicionais de Vila Franca de Xira. António Félix sustenta, entretanto, que tem existido alguma adesão por parte da restauração de Vila Franca ao novo projeto, sendo que para além da liberdade criativa que o município dá aos empresários do setor, estes estão também a receber formação com os técnicos da autarquia e com os chefs. Nesse sentido, António Felix, vinca que o ano de 2021 vai ser em grande, até porque se espera uma afluência significativa aos restaurantes, uma tendência que vinha a crescer no ano de 2019 antes da pandemia. Assista ao vídeo da entrevista na Rádio Valor Local
No entanto, este não é o único projeto que o município prepara. Conforme já noticiado pelo Valor Local, está na forja a divulgação ao máximo da reconfortante canja vilafranquense que constará nos menus dos restaurantes como entrada. Um projeto que começou a ganhar em novembro último outro alento e que, segundo Cláudio Lotra, técnico de turismo do município, já obteve boas críticas gastronómicas dos consumidores. A iguaria foi levada a algumas feiras, e nesses eventos segundo o vereador, “as pessoas voltaram para repetir a dose”. Algo que o responsável político vê como um bom sinal.
Este é de resto um projeto mais complexo que engloba o recém-criado vinho municipal “Encostas de Xira”. O vereador António Felix fala no néctar como “a menina dos nossos olhos” e sustenta que os enólogos e os técnicos municipais foram fundamentais para cimentar este projeto que embora jovem, está a granjear fãs um pouco por todo o lado. Claudio Lotra vinca, por seu lado, que se aproveitou o período da pandemia para criar uma loja de vinhos. O espaço escolhido foi a Quinta da Subserra em Alhandra, local onde de resto é produzido este vinho. À Rádio Valor Local, o responsável sublinha que o novo espaço “pode agora receber grupos, até porque também criámos uma sala de prova” algo que até aqui não existia e que faz toda a diferença. Este é um espaço de venda ao público em geral, algo que preenche uma lacuna, já que até aqui, quem quisesse adquirir o vinho, teria de se deslocar a alguns complexos municipais, como o posto de turismo, e a Lisboa no Mercado da Ribeira. Com este passo, o “Encostas de Xira” fica mais acessível ao público, embora a produção continue a ser reduzida. Claudio Lotra sublinha que “de colheita para colheita mesmo assim vai aumentando” e o vereador acrescenta que não é missão da autarquia ser produtora de vinhos e sustenta que para já a produção não ultrapassa as 50 mil garrafas por ano. António Felix sustenta que os vinhos tintos ainda têm muito para dar, no entanto, o vinho branco, “está perfeitamente consolidado e tem tido ótimas classificações nas revistas da especialidade”. Para o futuro a autarquia irá avançar para um vinho licoroso. |
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