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Numa declaração nas redes sociais do município de Arruda dos Vinhos, o presidente da Câmara, André Rijo, afirma-se estupefacto com o facto de as entidades da Saúde terem autorizado a realização de um casamento, com 200 convidados, na igreja daquela localidade, o qual vai acontecer este sábado, poucos dias depois de o Governo ter decretado o estado de calamidade na pandemia por Covid-19.
Ao dia de ontem, sexta-feira, este concelho contava com 67 casos positivos de pessoas infetadas com o vírus, e segundo o autarca o evento permitido pelas autoridades de Saúde pode contribuir para o agravamento do quadro da pandemia no concelho. De acordo com o apurado pelo Valor Local, os noivos são do Norte, mas com muitos convidados do concelho à mistura o que pode dar azo a uma escalada dos números, até porque como referiu o autarca no mesmo vídeo, os atuais casos positivos no município têm como origem convívios, almoços, e festas particulares. André Rijo estranha que ainda recentemente tenha sido cancelado o evento "Curt'Arruda", um festival de cinema de curtas metragens, ao contrário do que está a acontecer com esta cerimónia civil. Com efeito, o estado de calamidade não é alargado a cerimónias que já estavam marcadas antes da data em que António Costa, primeiro-ministro, fez o anúncio, exatamente a 15 de outubro. No local da cerimónia vai estar a GNR a fiscalizar os comportamentos dos presentes mas André Rijo entende que "tudo isto é um erro porque as forças da autoridade não terão condições para fazer esse trabalho de forma pró-ativa", e como tal "estamos a colocar a população em risco", aconselhando por isso "a que os habitantes de Arruda fiquem longe da zona da igreja matriz e do Casal da Gineta". Em conclusão, o autarca garante que a decisão das entidades da Saúde não tem a concordância "nem da Câmara Municipal nem do Serviço Municipal da Proteção Civil", mas que "não pode fazer mais nada a não ser remeter este tema para a Direção Geral de Saúde" o que já foi concretizado. |
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