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CCDR prepara grande inspeção no aterro da Triaza em Azambuja

Maus cheiros e a colocação do amianto dominaram reunião entre a Câmara e a entidade do Estado


Sílvia Agostinho
12-12-2019 às 20:13


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A Comissao de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa eVale do Tejo (CCDR-LVT) prepara uma deslocação ao aterro de resíduos não perigosos da Triaza, em Azambuja, na próxima semana. A informação é avançada ao nosso jornal pelo presidente da autarquia, Luís de Sousa. Face ao aumento dos maus cheiros provenientes da unidade da SUMA (grupo Motaengil) na localidade, com muitas queixas dos munícipes e uma petição que está a correr  nas redes sociais, a Câmara de Azambuja esteve reunida, esta quarta-feira, com a presidência daquela estrutura a pedir mais fiscalização.

Luís de Sousa diz que, nos últimos dias, a CCDR já esteve no local para uma primeira inspeção, mas que não foram detetadas situações de perigosidade ou desconformes à lei. "Não sabemos ainda o dia em que vão estar cá para a semana, mas nessa inspeção, vai estar presente ainda a comissão da Câmara" que acompanha o funcionamento da estrutura e que é composta por técnicos do município que amiúde se deslocam ao aterro para se inteirarem do que lá é depositado por parte da empresa, que recorde-se tem estado nas bocas do mundo desde que o Valor Local, deu conta dos receios da associação ambientalista Zero- Sistema Terrestre Sustentável face ao facto de ali ser depositado amianto em condições que podem oferecer perigo para o ambiente, e para a saúde humana. Em contacto com os biodegradáveis, grosso modo restos provenientes do setor alimentar, considerados como reatores biológicos, os sacos contendo amianto nos aterros podem romper-se com  facilidade, e com isso provocar o arrastamento das fibras quer através dos lixiviados, quer do biogás. 

Luís de Sousa evidencia que demonstrou as suas preocupações quer no que diz respeito aos  maus cheiros, mas também no que toca à proliferação de aves no local, e à forma como o amianto é depositado neste aterro . "Não podemos andar com aquele cheirete e temos de ver rapidamente o que se pode fazer".  Luís de Soua diz que a visita que vai ter lugar, ao que tudo indica, para a semana, foi por insistência sua . "Vão ver também aquela questão de o amianto poder estar a ser depositado de qualquer maneira, fora dos sacos", adianta. O autarca diz que não teve conhecimento até hoje, desde que o aterro entrou em funcionamento em fevereiro de 2017, de outras deslocações da entidade fiscalizadora, em causa, e lamenta essa falta de informação - "Garanti na reunião que vão passar a informar a Câmara sempre que lá forem, e que após as inspeções  nos enviam o relatório dessas deslocações". 

Nas últimas semanas, o tráfego de camiões para o aterro de Azambuja engrossou e a população que vive as imediações tem dado conta disso mesmo. Luís de Sousa refere que na origem está também uma avaria no sistema de queimadores de  tratamento de lixo na Valorsul, o que faz com que o aterro local seja o destino dos muitos resíduos produzidos pelos vários setores industriais na região de Lisboa, e daí o aumento dos maus cheiros. Justificação que também é dada pela Triaza em conversas com o autarca. Luís de Sousa recebeu a garantia da Valorsul de que a avaria estará resolvida no final do mês.

O presidente da Câmara não garante que os maus cheiros possam ter fim, e aguarda pelas cenas dos próximos capítulos tendo em conta a inspeção da CCDR. 

Luís de Sousa garante, ainda, que a única célula a laborar no local  tem capacidade para receber muitas toneladas de resíduos, e que por isso, e mesmo sem uma segunda célula a trabalhar, a empresa continua a ter margem de manobra, não se prevendo o fim da laboração no local.  

Tendo em conta o estado de coisas e as preocupações evidentes da população, o autarca diz que não "não se enganou, nem se deixou enganar" em todo este processo,  especialmente quando a empresa andou a convencê-lo dos méritos de Azambuja poder ter uma unidade deste tipo, em 2015, dois anos antes da abertura do aterro, até com deslocações a uma unidade da SUMA em Leiria, para que Luís de Sousa comprovaasse que não havia cheiros em especial . ​

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Entretanto e numa nota de imprensa feita chegar à nossa redação, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, na Assembleia da República, informa que questionou o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, acerca do funcionamento dos aterros no país, nomeadamente, no que respeita à incompatibilidade, na mesma célula, de resíduos biodegradáveis e amianto, e em particular questiona  se o ministério tem conhecimento das condições em que é depositado o amianto no aterro de Azambuja.

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