CDS-PP e PSD desfazem coligação em Azambuja

Em causa a constituição das listas e a falta de acordo para as autárquicas de 2017

SA
28-04-2017 às 09:58

Em comunicado, a Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra através do seu candidato à Câmara, Rui Corça, anuncia que o CDS-PP já não concorre nas mesmas listas, mantendo-se apenas o PSD, PPM e o MPT. De acordo com o candidato, diferentes pontos de vista estiveram na origem das divergências, relacionados também com a escolha das listas para as quais se convencionou "serem escolhidos candidatos com qualidade, com competência reconhecida nas áreas de intervenção prioritária no concelho, e não apenas por indicação partidária"."É a exigência dos cargos que determina as escolhas chega de autarquias dirigidas por especialistas em coisa nenhuma".

Rui Corça realça que "as pessoas estão primeiro e acima das politiquices partidárias". E se a condição para o apoio desse partido "é a exigência de lugares e a imposição de nomes então fica provado que não compreendeu os valores que esta candidatura defende". Reitera ainda que apesar de compreender a independência e as expetativas dos partidos desta coligação, "há que estar à altura dessa exigência e não com um pé fora e outro dentro", ou seja "manifestar apoio total num dia e não ser consequente com essa atitude no dia seguinte".

O Valor Local sabe que alguns militantes do CDS-PP vão permanecer nesta candidatura, nomeadamente, Manuel Couceiro, antigo presidente daquela estrutura local. Sendo que neste caso como noutros poderão, eventualmente, ocorrer sanções dentro do partido. O Valor Local contactou José Carlos Matos, presidente do CDS-PP de Azambuja, que remete esclarecimentos para o dia desta sexta-feira depois de entrar em contacto com a estrutura nacional do partido. A Coligação foi a primeira estrutura a apresentar candidato à Câmara no concelho de Azambuja, ainda em 2016. A poucos meses do ato eleitoral o segundo partido mais representativo deixa de fazer parte deste projeto.

Manuel Couceiro demarca-se da concelhia centrista
Também em comunicado, Manuel Couceiro já reagiu aos últimos acontecimentos. Antigo líder da concelhia centrista, fala agora em "jogadas partidárias" por parte da atual direção do CDS-PP de Azambuja.

Informa ainda que será recandidato à Assembleia Municpal pela Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, referindo ainda que "o projeto de mudança (da coligação) não é nem nunca foi partidário. Neste projeto os políticos não mandam. Quem manda são as pessoas que dão corpo à Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra".

José Carlos Matos acusa Rui Corça de não ter palavra e já pensa em candidatura alternativa

O líder do CDS-PP de Azambuja, José Carlos Matos, é parco para já em declarações, referindo que se encontra "indignado com o rasgar de acordo por parte do PSD".

Diz ainda que o CDS não está à venda, e que a atitude "pouco digna" do antigo parceiro "é uma enorme ajuda do PSD ao PS".

"O candidato Rui Corça mostra com esta atitude que não é uma pessoa de palavra. É a vida!", dispara, adiantando ainda que o CDS "vai trabalhar para poder oportunamente apresentar uma candidatura com gente de bem e com provas dadas, na qual os azambujenses possam depositar a sua confiança em alternativa ao PS". Neste ponto diz que o partido está atento e que a concelhia centrista está em sintonia com o CDS nacional.

Já quanto a Manuel Couceiro: "O que tenho a dizer é que existem pessoas na política que lamentavelmente estão presas aos lugares", conclui em declarações ao nosso jornal.

Comentários

Nunca tinha visto antes com o paspalho bigodes engasgado uma organização assim, ainda bem que afinal quem lá está no PP mostra trabalho e desenvolve localmente o seu partido.
Manuel Fernandes
Setúbal
30/04/2017 05:24

Já sei o que isso é, á anos que os macaco é sempre o mesmo ele quer mas fala engasgado e não tem pedalada, e o que lá está agora não é parvo, e muito menos trouxa, esse gaijo está lá á 35 anos no PP a mastigar alface.
E o PSD tem a mania que quer mandar em dois partidos ao mesmo tempo, tal não é os patrões que nem são e nem sabem ser querem mandar na casa dos outros.
O bigodes tem sido o paspalho de serviço ao PSD sempre, e anda a ser comido á anos e anos.
Ainda bem que o PP teve-os no sitio.
Manuel Fernandes
Setúbal
30/04/2017 05:21