Central de Cervejas avança com despedimento coletivo de 48 trabalhadores
Empresa alega perdas comerciais para levar a cabo esta reestruturação
| 27 Nov 2021 12:14
(atualizada dia 29 de novembro às 16h48) Sílvia Agostinho Os trabalhadores da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas em Vialonga esteve em greve esta sexta-feira. Em causa o despedimento coletivo de 48 trabalhadores por força da externalização de uma das áreas da empresa para uma empresa de trabalho temporário, o que em alternativa pode levar, na melhor das hipóteses, se esses trabalhadores aceitarem, a uma baixa salarial na casa dos 50 por cento, segundo Rui Matias do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura, e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), em declarações ao Valor Local. “Esta é uma posição que visa apenas aumentar os lucros da empresa e não demonstra qualquer preocupação social com a subsistência das 48 famílias envolvidas”.
Ouvida pelo sindicato, a empresa alega perdas comerciais significativas para levar a cabo este ajustamento, que passa pela extinção de uma secção de logística da empresa que passará a ser assumida por uma firma de outsourcing “que vai ficar com os 48 postos de trabalho”, algo que no entender do sindicato “é profundamente errado”, até porque a começar do zero “o novo parceiro da Central de Cervejas vai praticar ordenados claramente inferiores” aos da Heineken – multinacional que detém a empresa portuguesa desde 2008. Uma postura que segundo Rui Matias “não é própria deste tempo nem do que se exige a grandes grupos como estes”. A empresa de outsourcing “não vai proporcionar as mesmas condições, que passarão a ser precárias, ficando os trabalhadores sem acesso ao mesmo tipo de vida profissional e familiar que tinham com a Central de Cervejas”. Referindo, ainda, que alguns dos 48 trabalhadores já foram contactados, e que “o sindicato está atento”, até porque há funcionários que estão a tentar “impugnar o despedimento”. A Central de Cervejas “desculpa-se com a decisão da Heineken”. O Valor Local contactou a empresa na altura de fecho de edição, mas sem sucesso, na terça-feira, dia 23 de novembro mas apenas recebemos uma resposta quase uma semana depois e já depois da manifestação. Segundo a Central de Cervejas a adesão à greve rondou apenas 24 por cento dos colaboradores afetos à cervejeira, números que o SINTAB prefere não comentar sublinhando a adesão à greve durante o período da manhã e a presença da comunicação social em massa no local. Já quanto ao reajustamento é confirmado pela empresa , tendo já sido "partilhado com as autoridades competentes, que abrange alguns colaboradores da área de operações da fábrica em Vialonga, com efeitos a fevereiro de 2022, tendo a empresa manifestado a vontade de chegar a acordo com os envolvidos.” |
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